As expectativas em relação à equipe econômica do presidente em exercício Michel Temer e o otimismo sobre as medidas iniciais para alavancar a economia continuaram comandando o mercado de juros, levando as taxas a fechar novamente em queda, que foi mais expressiva nos vencimentos longos. Em especial, o mercado se animou com a possibilidade de o especialista em contas públicas Mansueto Almeida comandar o Tesouro Nacional, tendo como ministro da Fazenda Henrique Meirelles.
Ao término da negociação regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2017 indicou 13,565%, de 13,600% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2018 caiu de 12,64% para 12,59%. Os contratos com vencimento a partir de 2019 recuaram com mais força e tiveram aumento expressivo no volume negociado. O DI para janeiro de 2019 encerrou em 12,28%, de 12,32% no último ajuste. O DI janeiro de 2021 fechou em 12,13%, de 12,26%.
Ainda que o mercado venha há semanas antecipando o impeachment da presidente Dilma Rousseff, as taxas começaram o dia em queda, após a confirmação da votação favorável ao seu afastamento por 180 dias por um placar elástico (55 votos a favor e 22 contrários). Mas ainda pela manhã zeraram o recuo e embutiram um viés de alta em razão das operações de proteção contra o risco prefixado dos títulos públicos ofertados no leilão do Tesouro Nacional. A instituição vendeu integralmente o lote de 13,5 milhões de Letras do Tesouro Nacional (LTN), em três vencimentos.
À tarde, passado o leilão, a informação sobre o convite que teria sido feito a Mansueto para assumir o Tesouro repercutiu nas mesas de renda fixa, resultando em forte ampliação de posições vendidas nos contratos longos. Mansueto é considerado um dos maiores nomes na área de contas públicas do País, com qualificação necessária que a gravidade da situação fiscal exige.