O enfraquecimento do mercado brasileiro de veículos levou as montadoras instaladas no País a atingirem em março o maior nível de ociosidade na produção desde 2001, quando teve início a pesquisa de sondagem da indústria da Fundação Getulio Vargas (FGV). O levantamento pergunta às empresas, no início de cada mês, qual tem sido a utilização da capacidade produtiva.
Em março, a utilização da capacidade da montadoras ficou em 62,4%, o que significa que a ociosidade foi de 37,6%. Em fevereiro, havia sido de 33,8%. O baixo nível de produção se deve principalmente à falta de reação na venda de veículos, que caiu 26,5% em 2015 e acumula retração de 31% no primeiro bimestre de 2016, segundo dados da Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
O maior nível de ociosidade tem se refletido em alívio nos estoques. Na mesma pesquisa, o indicador de estoques caiu em março para 117,2 pontos, depois de ter atingido 122,8 pontos em fevereiro e 127 em janeiro. “É um setor que está se ajustando”, disse a economista Tabi Thuler, que coordena a sondagem. Na metodologia da FGV, quanto maior a pontuação, maior o estoque das empresas.