A Petrobras registrou prejuízo de R$ 1,246 bilhão no 1º trimestre de 2016 na comparação com o mesmo período do ano anterior. De acordo com a estatal, o resultado sofreu impacto do aumento das despesas de juros e variações monetárias e cambiais negativas, que atingiram R$ 9,579 bilhões.
Diretoria da Petrobras dá entrevista coletiva para explicar resultados do primeiro trimestre de 2016Cristina Indio do Brasil/Agência Brasil
A empresa diz que a redução de 7% na produção de petróleo e gás natural, a queda de 8% na venda de derivados no mercado doméstico, aumento dos custos com depreciação, e mais gastos com ociosidade de equipamentos, principalmente, de sondas, também contribuíram para o mau resultado.
Os números foram divulgados hoje (12) pela Petrobras em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Após a divulgação, a diretoria da estatal explica os resultados em entrevista coletiva.
O fluxo de caixa livre ficou positivo em R$ 2,381 bilhões nos primeiros três meses de 2016, no mesmo período de 2015 tinha sido negativo em R$ 1,253 bilhão. O motivo, segundo a companhia, foram maiores margens de diesel e de gasolina no mercado interno, menores gastos com participações governamentais e importações, e redução dos investimentos.
De acordo com a Petrobras, o endividamento bruto em reais da empresa caiu 9% e passou de R$ 492,849 bilhões em 31 de dezembro de 2015 para cerca de R$ 450 bilhões.
A produção total de petróleo e gás natural da Petrobras alcançou no primeiro trimestre 2,616 milhões de barris de óleo equivalente por dia, o que representou redução de 7%. Já a produção de derivados no Brasil ficou estável, somando 1,958 milhão de barris por dia. As vendas no mercado doméstico atingiram 2 milhões de barris por dia.
*Texto alterado às 8h01 do dia 13/05/16 para corrigir informação sobre o valor do prejuízo da Petrobras no 1º trimestre de 2016 na comparação com o mesmo período do ano anterior. Diferentemente do que o texto informava, o prejuízo foi de R$ 1,246 bilhão, e não R$ 1,246 milhão.