Economia

Centro de Energias Renováveis quer atrair investidor e ampliar produção

O Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás) tenta atrair investidores para dez projetos envolvendo cem produtores rurais no Sul e Centro-Oeste do País. Juntos, eles têm capacidade para gerar 100 mil m³ de biogás por dia ou 60 mil m³ de biometano, pois 40% se perdem na purificação. O projeto é orçado em R$ 150 milhões. Essa quantidade de gás veicular é suficiente para abastecer 4.285 carros que podem percorrer 200 km por dia cada um.

Outro projeto pioneiro, iniciado em 2009 e batizado de Condomínio de Agroenergia para Agricultura Familiar/Ajuricaba, reúne 33 propriedades rurais de Marechal Cândido Rondon (PR) que geram a própria energia. A criação de porcos e bovinos resulta, conjuntamente, em 16 mil toneladas por ano de resíduo orgânico, permitindo a produção de 266 mil m³ de biogás. Ele é transportado por um gasoduto de 25,5 km até uma microcentral térmica que gera a energia elétrica redistribuída para todos.

O biogás já é usado em países da Europa, China e Índia. Na Alemanha, a produção foi subsidiada pelo governo por vários anos. “Na Europa, são usados dejetos de animais e grama plantada; no Brasil não disputamos espaço com outra cultura, pois usamos apenas a sobra dos agricultores”, diz Rodrigo Regis Galvão, presidente do CIBiogás. No Brasil também há projetos em Brasília, Mato Grosso, Porto Alegre, Rio, Santa Catarina e São Paulo.

Silvio Munhoz, da Scania, lembra que aterros sanitários também são importantes fornecedores de matéria-prima para biogás, mas ainda não podem ser usados no biometano. Segundo ele, em relação ao diesel, o biometano reduz em 80% a 90% a emissão de particulados e em 60% a 70% a de dióxido de enxofre.

Por ter produção espalhada, não há dados sobre a produção nacional, informa o presidente da Associação Brasileira do Biogás e do Biometano (Abiogás), Cícelo Bley. A entidade calcula que a capacidade de geração de biogás poderia cobrir 12% da energia elétrica utilizada no País. “O Brasil tem quantidade imensa de material que pode ser reaproveitado, mas joga fora milhões de reais”, diz Bley. “Além disso, o uso adequado dos resíduos ajudaria na redução da poluição hídrica e atmosférica.”

Elétricos

Itaipu também é pioneira na produção de veículos elétricos, em parceria com montadoras. Hoje, trabalha na montagem de 32 unidades do Renault Twizy e, segundo o responsável pelo projeto, Celso Novaes, já foram identificadas 50% de peças que podem ser nacionalizadas no minicarro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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