A Bovespa abriu em queda nesta segunda-feira, 28, e renovou as mínimas nos últimos minutos, acompanhando o sinal negativo visto em Nova York, onde os negócios tiveram início na segunda metade da manhã. O movimento global de aversão ao risco é reflexo de mais um dado fraco da economia chinesa.
O lucro industrial da China recuou 8,8% em agosto na comparação anual, bem pior do que a queda de 2,9% de julho e a maior baixa desde o início da divulgação desse indicador, em 2011.
Internamente, a cautela dos investidores é reforçada por uma agenda importante nesta semana, que tem entre os destaques a votação do veto presidencial ao reajuste do Judiciário no Congresso e o anúncio de reforma administrativa e ministerial.
Às 10h34, o Ibovespa recuava 1,81%, aos 44.110,59 pontos, na mínima. As perdas são conduzidas principalmente pelos papéis da Vale, em baixa de 5,19% (ON) e de 5,34% (PNA), mas Petrobras e bancos também reforçam a trajetória queda.
Em Wall Street, o Dow Jones recua 0,73%, o S&P 500 perde 0,83% e o Nasdaq tem desvalorização de 0,92%. Por volta das 10h45, o juro da T-note de 2 anos atingiu a máxima do dia e o euro bateu a mínima, diante do fortalecimento do dólar, depois do presidente do Federal Reserve de Nova York, William Dudley, afirmar que o banco central norte-americano deve elevar a taxa básica de juros neste ano.
Os investidores também reagem aos números de gastos com consumo nos EUA, que subiram 0,4% em agosto ante julho. A renda pessoal aumentou 0,3%, um avanço menor do que o previsto.