As incertezas em relação ao processo de impeachment continuam a ditar o ritmo da bolsa brasileira nesta terça-feira, 5. Após cair 3,52% na segunda-feira, o mercado acionário apresentava, às 10h45, retração de 1,01%, aos 48.286,15. Há pressão negativa por parte das ações da Vale e das mineradoras, assim como dos papéis dos principais bancos.
Os investidores continuam atentos ao futuro da presidente Dilma Rousseff. Na segunda, o ministro José Eduardo Cardozo, da Advocacia Geral da União (AGU), defendeu a presidente na Comissão Especial de Impeachment. O relator do processo, Jovair Arantes (PTB-GO), deve apresentar relatório para a votação da comissão na quarta ou na quinta-feira.
Também na segunda líderes do PMDB sinalizaram que o movimento de ruptura entre a sigla e a base governista pode não ocorrer com a solidez que o mercado esperava anteriormente.
Além do ambiente político, o mercado local também está atento ao noticiário econômico internacional. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da zona do euro caiu ao menor nível em 15 meses. Mais cedo, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, alertou para os sinais incertos da economia mundial. “A economia global enfrenta um tempo de crescente risco e incerteza”, afirmou.
O presidente do Federal Reserve de Chicago, Charles Evans, também fez declarações na manhã desta terça-feira. Ele voltou a dizer que acredita que as taxas de juros avançarão lentamente ao longo do tempo nos Estados Unidos.
Da Ásia, o secretário-geral do gabinete do Japão, Yoshihide Suga, alertou sobre a valorização excessiva do iene. A moeda japonesa atingiu hoje o maior patamar na relação com o dólar desde outubro de 2014.