A Bovespa teve uma sessão de tímida recuperação nesta terça-feira, 29, ao fechar com pequena alta e baixo volume de negócios. Após sete quedas consecutivas, com as quais acumulou perda de 9,46%, o Índice Bovespa terminou o dia em 44.131,82 pontos, com valorização de 0,40%. O volume de negócios somou R$ 5,095 bilhões.
O mercado de ações operou em alta durante todo o dia, mas teve poucos momentos de maior entusiasmo. O cenário internacional mais tranquilo e a alta do petróleo foram fundamentais para determinar o sinal positivo no mercado brasileiro, puxado principalmente pelas ações da Petrobras. Os papéis da companhia estatal acompanharam de perto as cotações do petróleo e sustentaram alta expressiva durante todo o dia. Ao final do negócios, Petrobras PN teve alta de 2,33% e Petrobras ON, de 2,35%.
No melhor momento do dia, o Ibovespa chegou a subir 1,31%, pela manhã, mas os números do Governo Central em agosto também garantiram uma puxada à tarde. Enquanto o mercado esperava um déficit entre R$ 6,5 bilhões e R$ 19,5 bilhões, o Tesouro anunciou um resultado negativo de R$ 5,08 bilhões. O dado menos pior que o estimado incentivou a compra de ações, mas não o suficiente para sustentar os preços.
Segundo profissionais do mercado, os investidores ainda evitam ficar comprados em ações em um ambiente de muitas indefinições no cenário interno e externo. Com isso, os negócios continuam bastante concentrados em operações de curtíssimo prazo, nas quais os investidores compram e vendem ações no mesmo dia, colhendo pequenos lucros.
As bolsas norte-americanas tiveram desempenho pouco empolgante e não ajudaram o mercado brasileiro a deslanchar. O índice Dow Jones terminou o dia em alta de 0,30% (16.049,13 pontos) e o S&P, de 0,12% (1.884,09 pontos).
Entre as ações que compõem o Ibovespa, as maiores altas foram de Cielo ON (+4,87%), Smiles ON (+4,61%) e CPFL Energia ON (+3,39%). Já as quedas mais significativas foram lideradas por Gerdau PN (-3,40%), Gol PN (-3,11%) e Localiza ON (-3,03%). Com o resultado de hoje, a Bovespa acumula queda de 5,35% em setembro e de 11,75% no ano.
Às 17h30, o dólar futuro para outubro tinha baixa de 1,30%, cotado a R$ 4,066. No mercado futuro de juros, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro de 2017, o mais negociado, tinha taxa de 15,94%, contra 15,90% do fechamento no horário regular e 16,15% no ajuste de segunda-feira.