Os formadores de política do Banco Central Europeu (BCE) não descartaram novos cortes nas taxas de juros na reunião do mês passado e julgaram que havia “pouca evidência de efeitos colaterais das taxas de juros negativas”, de acordo com a ata daquele encontro.
O conselho diretor do BCE, que tem 25 membros, decidiu que “não descartaria futuros cortes nas taxas pois novos choques (…) podem justificar mais ação na política monetária”.
O BCE anunciou novos estímulos na reunião de 10 de março, incluindo cortes em todas as taxas de juros de referência, uma ampliação das compras mensais de bônus para 80 bilhões de euros e empréstimos mais baratos para os bancos.
No entanto, naquele dia o euro se valorizou ante o dólar e as bolsas recuaram depois que o presidente do BCE, Mario Draghi, afirmou em entrevista à imprensa que não previa mais cortes de juros e que o banco central voltaria o foco para outras ferramentas.
A ata indica, porém, que vários membros do conselho estavam dispostos a considerar cortes mais profundos nos juros em março e que reduções futuras ainda estão em discussão. “As taxas de juros continuam sendo parte da caixa de ferramentas do conselho diretor”, diz a ata.
O documento também mostra que os membros do BCE discutiram isentar alguns depósitos das taxas negativas. No entanto, eles concluíram que isso seria “exageradamente complexo” e que havia pouca evidência de efeitos colaterais dos juros abaixo de zero. Fonte: Dow Jones Newswires.