Os empresários do setor de materiais de construção acreditam que as vendas devem mostrar regularidade no mês de outubro. Entre os entrevistados pela Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), apenas 4% consideraram bons os resultados de setembro, enquanto 48% disseram que o período foi regular e 32% assinalaram o mês como ruim. Outros 16% apontaram o mês como muito ruim.
A expectativa de regularidade também prevaleceu para outubro, com 64% das respostas dos entrevistados, enquanto 12% apontaram projeções boas e 16% sinalizaram resultados ruins. Cerca de 8% indicaram perspectivas “muito ruins” de vendas.
“A utilização da capacidade instalada caiu para o menor nível desde o inicio da série em 2007. Por sua vez, o nível de estoques tem se reduzido indicando um equilíbrio entre a demanda e a oferta”, disse o presidente da entidade, Walter Cover. Para ele, com a produção e estoques em queda e consequente equilíbrio na oferta e demanda deverá haver um realinhamento dos preços da indústria no mercado, que, no momento estão bem abaixo da inflação da economia como um todo.
O executivo explicou que, historicamente, os preços dos materiais acompanham os da inflação da economia. “Por essa razão acredito ser um momento favorável para as famílias realizarem as reformas e as lojas de materiais e construtoras recomporem estoques”, afirmou.
A Abramat informou também que, em setembro, 44% das indústrias de materiais pretendiam investir nos próximos 12 meses. O resultado representou uma melhora em relação a agosto, quando a intenção relatada era de 41%. Em igual mês do ano passado, o indicador estava em 57%.
A sondagem da associação indicou também que, na média, uma fatia próxima de zero das companhias entrevistadas têm boas expectativas em relação às ações do governo para o setor da construção civil nos próximos 12 meses. O resultado apresentou uma queda do otimismo, que estava em 4% no mês anterior e em 11% de setembro de 2014.
Além disso, 80% dos entrevistados se disseram pessimistas, frente a 67% em agosto e 37% em setembro de 2014. Os indiferentes somaram 20% dos entrevistados em setembro.