A secretária de Relações Internacionais do Agronegócio, Tatiana Palermo, afirmou, durante divulgação da balança do agronegócio de março, que a Comissão Europeia anunciou nesta sexta-feira, 8, que a troca de ofertas entre Mercosul e União Europeia deverá ocorrer até a segunda semana de maio. “Finalmente destravou”, disse a secretária. Ela avaliou que há um consenso no governo, na indústria e em todo o setor privado em relação às negociações com o bloco europeu.
Questionada sobre problemas com o programa de resíduos e contaminantes, que no ano passado causaram problemas com a China e alguns outros países que devolveram cargas com contaminantes acima dos padrões de tolerância, ela e sua equipe explicaram que todos os problemas foram sanados e que dados solicitados foram encaminhamos para a UE sobre o programa de resíduos e contaminantes. “Os dados estão bem consistentes, mas, pelas observações, acredito que não haverá problema de equivalência de resíduos”, afirmou a secretária.
Ela observou, ainda, que as vendas para a Europa seguem normalmente e que o Brasil tem preenchido todas as cotas que possui em quase 100% do combinado. “Essas vendas significam confiança em nossos controles sanitários”, afirmou. A secretária relatou que, com a China, atualmente o maior parceiro comercial do Brasil, será feito um acordo de preferências tarifárias. “A Camex (Câmara de Comércio Exterior) aprovou o início das negociações”, explicou.
Em março, a Ásia comprou US$ 4,178 bilhões de tudo o que o Brasil vendeu, sendo responsável por 47,5% das exportações brasileiras. Apenas a China ficou com US$ 2,763 bilhões e 33,1% de todas as exportações. O segundo lugar, no mês, foram os Estados Unidos, com US$ 501,4 milhões. A lista segue com Países Baixos (US$ 414,6 milhões); Japão (US$ 242,2 milhões); Alemanha (US$ 225 milhões); e mais 15 países que podem ser considerados como os de maior impacto para a balança comercial brasileira.