A atração de investidores estrangeiros é uma das saídas para ampliar o número de empresas dispostas a participar dos leilões de concessões e aumentar o fôlego financeiro do setor, mas dificilmente ajudará o governo a cumprir o cronograma de leilões do Programa de Investimentos em Logística (PIL). Segundo um executivo do setor, que preferiu não se identificar, a estruturação financeira de consórcios com estrangeiros ou empresas médias, frequentemente citadas como alternativas, levará tempo.
O Estado apurou que fundos estrangeiros de private equity (que compram participações em empresas) especializados em infraestrutura reuniram-se com o BNDES, enquanto seguem os contatos internacionais com assessores financeiros e jurídicos.
Na lista dos possíveis participantes nacionais, Invepar, UTC e Galvão Engenharia, atingidas em cheio pela Lava Jato, deverão ficar de fora. A Odebrecht Transport está em “análises iniciais” dos leilões na segunda fase do PIL, mas nada está definido. A reportagem procurou as concessionárias CCR, Arteris, EcoRodovias e Triunfo, mas nenhuma das companhias respondeu sobre seu interesse nas próximas concessões.
“A restrição de crédito já é sentida em diversos projetos e várias empresas estão buscando soluções alternativas e criativas para a estrutura de financiamento”, disse Pablo Sorj, advogado especializado no setor de infraestrutura do escritório Mattos Filho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.