Economia

Juros curtos cedem com dólar e dados do varejo

No mercado de juros futuros, o recuo do dólar influenciou a ponta curta da curva a termo, da mesma forma que os dados do varejo conhecidos pela manhã. A parte longa, no entanto, registrou elevação na maior parte do dia, em meio ao cenário político turbulento e fiscal incerto, mas voltou nos ajustes.

No fechamento da sessão regular desta quarta-feira, 14, o DI para janeiro de 2016 terminou a 14,35%, de 14,37% na véspera. O DI para janeiro de 2017 acabou em 15,59%, de 15,80% ontem; o DI para janeiro de 2019 marcou 16,10%, de 16,14%; e o DI para janeiro de 2021 encerrou a 15,94%, igual ao ajuste da véspera.

O dólar terminou a sessão em baixa de 1,39%, a R$ 3,8180.

Pela manhã, o IBGE divulgou que as vendas do comércio varejista restrito caíram 0,9% em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal. O resultado coincidiu com o piso das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam desde uma queda de 0,30% até um recuo de 0,90%, com mediana negativa em 0,60%. Na comparação com agosto do ano passado, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram queda de 6,9% em agosto deste ano. Nesse confronto, as projeções variavam entre recuo de 3,00% e queda de 6,60%, com mediana negativa de 5,70%.

A cautela com a questão política acabou contendo um pouco o recuo das taxas curtas e, na ponta longa, o viés foi de alta em grande parte da sessão. Durante a tarde, os agentes monitoraram a participação do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em audiência na Câmara. Na ocasião, como previsto, ele reforçou a importância das medidas de ajuste e foi bastante político ao não polemizar com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ontem criticou as medidas de ajuste do atual governo.