A Bovespa não sustentou a alta exibida na maior parte da manhã desta quarta-feira, 14, e sucumbiu às perdas dos mercados internacionais, num movimento influenciado ainda pelo exercício de Ibovespa futuro e opções sobre Ibovespa. O principal índice à vista, assim, teve sua segunda sessão consecutiva de perdas, após nove altas seguidas, voltando ao nível do começo do mês.
O Ibovespa terminou a sessão em baixa de 1,38%, aos 46.710,44 pontos. Na mínima, marcou 46.701 pontos (-1,40%) e, na máxima, registrou 47.715 pontos (+0,74%). No mês, acumula alta de 3,67% e, no ano, perda de 6,59%. O giro financeiro totalizou R$ 15,871 bilhões, engordado pelo exercício, segundo dados preliminares.
Apesar de tentar restaurar um pouco do tombo de 4% da véspera, a Bovespa acabou se deixando levar pelas perdas do exterior. China, Europa e Estados Unidos divulgaram dados fracos e isso levou os investidores a venderem ativos de risco, incluindo ações da Bovespa.
Na China, saíram dados de inflação que ficaram abaixo das projeções e que elevaram os temores de que o país talvez não consiga atingir sua meta de crescer 7% este ano. Na Europa, a produção industrial caiu 0,5% em agosto ante julho. Nos Estados Unidos, as vendas no varejo subiram abaixo do previsto, 0,1% ante 0,2%, em setembro ante agosto, os dados de estoques ficaram estáveis em agosto, ante previsão de +0,1%, e o PPI caiu 0,5%, ante previsão de que ficaria em -0,2%.
No Brasil, apesar do recuo do preço do minério de ferro, as ações da Vale subiram, 0,65% a ON e 1,34% a PN. Petrobras e bancos recuaram. Petrobras ON cedeu 2,85%, PN, 2,09%. Bradesco PN, -0,53%, Itaú Unibanco PN, -0,93%, BB ON, -0,94%, Santander unit, -1,49%.
À tarde, a Bovespa acentuou as perdas na esteira da piora em Wall Street, após a divulgação do Livro Bege. O Dow Jones terminou a sessão em queda de 0,92%, aos 16.924,75 pontos, o S&P recuou 0,47%, aos 1.994,24 pontos, e o Nasdaq perdeu 0,29%, aos 4.782,85 pontos.



