A perspectiva de juros baixos na Europa por um longo período e os dados econômicos mistos da economia americana – que na avaliação dos analistas tornam improvável um aperto monetário nos Estados Unidos neste ano – sustentaram os ganhos nas bolsas europeias nesta quinta-feira, 15, após três sessões consecutivas de perdas.
O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou o dia am alta de 1,46%, aos 360,99 pontos. Em Londres, o FTSE-100 avançou 1,10%, para 6.338,67 pontos, enquanto em Paris o CAC-40 teve elevação de 1,44%, aos 4.675,29 pontos. O índice DAX, da bolsa de Frankfurt, subiu 1,50%, para 10.064,80, acompanhado pelo FTSE-MIB, da bolsa de Madri, que aumentou 1,74%, para 22.217,69 pontos. Em Lisboa, o PSI-20 subiu 1,57%, aos 5.370,92 pontos, e em Madri, o Ibex-35 ganhou 0,64%, aos 10.101,70 pontos.
Nesta manhã, o integrante do conselho diretor do Banco Central Europeu (BCE), Ewald Nowotny, afirmou que a instituição está descumprindo a meta de inflação para a zona do euro e que novas medidas são necessárias. Em setembro, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro teve queda anual de 0,1%, o primeiro recuo desde que o BCE iniciou em março seu programa de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês).
“A perspectiva de um período longo de juro zero na Europa faz com um rali de fim de ano seja muito provável “, diz Jens Klatt, da DailyFX.
Do outro lado do Atlântico, a inflação ao consumidor e os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA surpreenderam positivamente o mercado, mas outros números da economia americana divulgados ontem e hoje desenharam um cenário ainda frágil. A falta de clareza quanto ao ritmo de crescimento do país, dizem economistas, não fortalece as expectativas de aumento de juros ainda neste ano.
Entre as ações de destaque nesta sessão, estão as da Volkswagen, que caíram 3,56% após o Ministério dos Transportes da Alemanha determinar que a companhia realize um recall dos seus modelos a diesel equipados com um software que frauda testes de emissão de poluentes.
Já os papéis do grupo de moda Burberry despencaram 8,77% depois que a empresa anunciou receita menor que o esperado no primeiro semestre deste ano devido ao menor consumo de produtos de luxo pelos chineses. (Com informações da Dow Jones Newswires)



