Economia

Juros dos contratos futuros desaceleram na reta final

O avanço do dólar ante o real e, em especial, a preocupação com uma possível saída do governo do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, foram o principal motivo para o avanço das taxas futuras de juros. Elas se mantiveram em alta durante a maior parte do tempo, mas na reta final da sessão regular se reaproximaram dos ajustes de ontem, ainda que tenham registrado pequeno avanço.

Isso ocorreu após a notícia de que Levy participaria nesta tarde de uma reunião da Junta Orçamentária, juntamente com o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, e com o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa. A presidente Dilma Rousseff também participaria, embora não tenha ocorrido uma confirmação oficial. Para o mercado de juros, a informação sobre o encontro da Junta foi um alívio porque, antes dela, esperava-se um encontro apenas entre Levy e Dilma – o que abriu espaço para uma série de especulações.

A taxa do contrato futuro de juros para janeiro de 2016 terminou nos 14,314%, ante 14,285% de ontem, enquanto o DI para janeiro de 2017 marcou 15,38%, ante 15,37%. No contrato para janeiro de 2021, a taxa ficou em 15,76%, ante 15,71%. No mercado de balcão, o dólar subiu 1,05% ante o real, aos R$ 3,8400.

Com a política no centro das atenções, os dados econômicos divulgados hoje acabaram ficando em segundo plano. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou que o Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) avançou 1,88% em outubro, após subir 0,61% em setembro. O resultado do indicador ficou dentro do intervalo das estimativas do mercado financeiro, segundo levantamento AE Projeções, que ia de avanço de 1,32% a alta de 1,91%, com mediana de 1,70%.

Já o Banco Central anunciou seu índice de atividade (IBC-Br) para agosto. Houve queda de 0,76% ante julho, na série com ajuste. Foi o terceiro recuo consecutivo na margem. O IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.