Economia

Infraero fará concessão para área de lojas do aeroporto de Goiânia

A Infraero vai fazer um projeto piloto no aeroporto de Goiânia para testar um modelo de concessão exclusivo da área de varejo. A estatal prevê divulgar o edital da licitação na primeira quinzena de novembro, que contratará uma empresa de shopping para administrar as lojas do aeroporto. O vencedor poderá explorar uma área comercial de 25 mil metros quadrados por um prazo de 128 meses.

“É uma PPP (parceria público privada). O vencedor terá liberdade para trazer as grandes marcas para o aeroporto, mas carrega obrigações de tomar conta da infraestrutura, arcando com os custos de iluminação e refrigeração do espaço”, disse o diretor de Aeroportos da Infraero, Marçal Goulart. “Isso vai trazer receitas extras à Infraero e ainda desonerar parte do nosso custo para manter a estrutura.”

A intenção da Infraero é testar o modelo em Goiânia e replicá-lo posteriormente em outros aeroportos administrados pela estatal, como Congonhas e Santos Dumont, conforme antecipou o Estado em reportagem publicada em 1º de setembro.

Por ser uma empresa pública, a Infraero é obrigada por lei a fazer uma licitação para alugar cada loja nos aeroportos administrados por ela. Isso limita a autonomia da estatal de negociar com as marcas. “Com um administrador privado, haverá mais flexibilidade para ocupar os espaços”, disse o professor de Transporte Aéreo da USP, Jorge Leal Medeiros.

Os varejistas temem que o modelo de gestão privada torne os alugueis de lojas nos aeroportos mais caros. “No processo de licitação existe um lance mínimo que é público e uma competição entre as empresas pelos espaços. Nos aeroportos privados, há uma negociação fechada com poucos lojistas e isso na prática tornou o aluguel muito mais caro nos aeroportos que foram alvo de concessões no Brasil”, afirmou Miguel Costa, presidente da Associação Nacional de Concessionárias de Aeroportos Brasileiros (Ancab), que reúne lojistas como Dufry e H.Stern, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo em setembro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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