Diversos itens pressionaram o orçamento das famílias no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) de novembro, entre eles a energia elétrica.
Segundo informou na manhã desta quinta-feira, 19, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a energia elétrica teve alta de 0,95% em novembro, em razão dos aumentos de 2,32% nas contas do Rio de Janeiro (onde o reajuste de 16,00% nas tarifas de uma das concessionárias que abastecem a região metropolitana passou a vigorar a partir de 07 de novembro) e de 0,79% em São Paulo (complemento do reajuste de 15,50%, vigente nas tarifas de uma das concessionárias desde 23 de outubro).
Além da energia elétrica, outros itens foram destaque no grupo Habitação: condomínio (1,34%), artigos de limpeza (1,23%) e botijão de gás (0,89%). Ainda assim, o grupo Habitação desacelerou de 1,15% em outubro para 0,74%.
Grupos
A aceleração do IPCA-15, de 0,66% em outubro para 0,85% em novembro, foi acompanhada por cinco dos nove grupos pesquisados pelo IBGE. Sozinhos, Transportes e Alimentação responderam por 0,53 ponto porcentual, ou 62% do resultado do mês.
Segundo o órgão, o grupo Transportes acelerou de 0,80% em outubro para 1,45% este mês, muito influenciado pela alta de combustíveis e por reajustes em tarifas de ônibus. Já o grupo Alimentação e Bebidas (de 0,62% para 1,05%) foi pressionado pelos itens adquiridos pelas famílias para consumo em casa.
Além disso, ganharam força os grupos Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,55% para 0,66%), diante das altas de 1,21% nos itens de higiene pessoal e de 1,06% no plano de saúde; e Comunicação (de 0,08% para 1,04%), devido ao aumento de 1,54% em gastos com telefonia fixa e ao avanço de 1,85% nas despesas com celular. Também acelerou o grupo Vestuário (de 0,58% para 0,72%).
Por outro lado, o grupo Habitação (de 1,15% para 0,74%) perdeu força, a despeito de pressões vindas da energia elétrica, do condomínio e do gás de botijão. As Despesas Pessoais (de 0,56% para 0,37%) também subiram menos, ainda que tenham ficado mais caros cabeleireiro (1,02%) e serviços bancários (0,73%).
Também desaceleraram os grupos Artigos de Residência (de 0,12% para 0,07%) e Educação (de 0,17% para 0,03%).
Regiões
A inflação nos últimos 12 meses já ultrapassa os dois dígitos em seis das 11 regiões investigadas pelo IBGE no âmbito IPCA-15. Na média brasileira, o resultado chegou a 10,28%, o maior desde novembro de 2003.
Segundo o órgão, a inflação em Curitiba é a mais elevada, com alta de 11,88% nos últimos 12 meses. A região é seguida por Goiânia (11,28%), São Paulo (10,67%), Rio de Janeiro (10,67%), Porto Alegre (10,65%) e Fortaleza (10,53%).
Outras quatro regiões têm inflação na casa dos 9%: Recife (9,43%), Brasília (9,35%), Belém (9,18%) e Salvador (9,11%). Já a região metropolitana de Belo Horizonte é a que sente o avanço de preços menos intenso, de 8,84% nos últimos 12 meses.