A alta de 0,25% registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em fevereiro foi o mais baixo resultado para o mês desde o ano 2000, quando subiu 0,13%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em fevereiro de 2019, o IPCA ficou em 0,43%.
Com o resultado, a taxa acumulada pelo IPCA em 12 meses desacelerou de 4,19% em janeiro para 4,01% em fevereiro, praticamente no centro da meta de 4% perseguida pelo Banco Central este ano.
<b>Impacto das carnes</b>
Passado o choque de preços, as carnes ficaram mais baratas em fevereiro, depois de já terem recuado em janeiro. Os preços das carnes caíram 3,53% em fevereiro, após uma queda de 4,03% em janeiro.
O item deu a maior contribuição negativa para a inflação do último mês: -0,09 ponto porcentual.
O grupo Alimentação e bebidas saiu de uma taxa de 0,39% em janeiro para 0,11% em fevereiro, uma contribuição de 0,02 ponto porcentual.
Nos dois primeiros meses do ano, as carnes ficaram 7,42% mais baratas.
"O Rio foi a região que teve maior queda nos preços. Foi por uma dinâmica do comércio local. No Rio de Janeiro, as carnes caíram mais de 16,16% nos dois primeiros meses do ano", ressaltou Pedro Kislanov, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE.
O custo da alimentação no domicílio cresceu 0,06% em fevereiro, após um avanço de 0,20% em janeiro. Apesar da trégua das carnes, as famílias pagaram mais pelo tomate (18,86%) e pela cenoura (19,83%). Nos dois primeiros meses do ano, o preço do tomate já subiu 35,17%, enquanto a cenoura aumentou 36,51%.
"Com essas altas no tomate e cenoura, principalmente, acabou compensando (queda das carnes). As hortaliças também", explicou Kislanov.
A alimentação fora do domicílio subiu 0,22% em fevereiro, ante um aumento de 0,82% em janeiro. A refeição ficou 0,35% mais cara em fevereiro, enquanto o lanche aumentou 0,02%.