As concessões de crédito rural para empresas dispararam nas operações a taxas de mercado, mais caras que as subsidiadas. Dados do Banco Central divulgados nesta terça-feira, 27, mostram que essas liberações saltaram de R$ 700 milhões para R$ 4,830 bilhões entre agosto e setembro – valor recorde para o mês.
Já as operações com taxas reguladas seguiram no sentido contrário entre as pessoas jurídicas, caindo de R$ 5,695 bilhões para R$ 4,770 bilhões, um tombo de 16,2%.
Com esse desempenho, as concessões totais para empresas ficaram em R$ 9,600 bilhões no mês, número 50,1% maior que o de agosto. O estoque total de operações para empresas, em meio a esse cenário, ficou em R$ 78,650 bilhões em setembro, com alta de 7%.
Pessoas físicas
Quanto às concessões de crédito rural para pessoas físicas, o BC informou que elas despencaram entre agosto e setembro. De acordo com a autoridade monetária, o recuo foi de 12,2%, passando de R$ 8,237 bilhões para R$ 7,230 bilhões.
O maior recuo ocorreu nas operações com taxas subsidiadas, um tombo de 12,9% no período. Nos financiamentos a taxas de mercado também houve retração, de 1,1%.
Apesar dessa queda no mês, o estoque de crédito rural total para o produtor cresceu de R$ 148,7 bilhões para R$ 150,5 bilhões, uma alta de 1,2%.
No crédito subsidiado, o avanço foi de 1,1% e, no de mercado, houve alta de 3,7%. Esse estoque, no entanto, é afetado pelos juros das operações, além das novas concessões.