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Mulher de acusado de fraude no ICMS tinha artigos de luxo

Vinte pares de sapatos e 25 bolsas de marcas como Prada, Chanel, Gucci e Louis Vuitton compunham o vestuário de luxo da mulher do fiscal José Roberto Fernandes, preso por suspeita de fraude milionário ao fisco estadual. O material, apreendido durante a Operação Zinabre, foi apresentado nesta quinta-feira, 21, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual, em Sorocaba, no interior de São Paulo. A mulher de Fernandes, Verônica Rosa, também está presa.

Na casa do fiscal Eduardo Takeo Tomaki e de sua mulher, Rosângela da Cunha Vaz Tomaki, também presos na operação, foram apreendidos vários equipamentos eletrônicos, entre eles nove celulares de última geração.

De acordo com o promotor Antonio Farto Neto, os produtos apreendidos provam que os fiscais levavam vida incompatível com o salário que recebiam. Uma bolsa Louis Vuitton custa até R$ 16,5 mil, segundo o site da grife.

Os fiscais são acusados de ameaçar empresas e cobrar propina para não emitir multas por sonegação de Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS). As mulheres teriam conhecimento e participação nos crimes. Os suspeitos teriam arrecadado R$ 36 milhões e empregaram o dinheiro na compra de 39 imóveis na região de Sorocaba e na capital. Os bens foram bloqueados pela Justiça.

O advogado do casal Fernandes, Jaime Rodrigues de Almeida Neto, considerou “lamentável” o Ministério Público trazer à evidência a intimidade do casal num processo que ainda está no início.

Segundo ele, os produtos foram apreendidos em julho e mostrados à imprensa agora em uma “espetacularização” do caso. “O MP descumpre a presunção de inocência prevista na Constituição”, disse. Procurada, a defesa do casal Tomaki não deu retorno.

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