Economia

Dívida Pública Federal tem queda de 3,22% em outubro ante setembro, diz Tesouro

O estoque da dívida pública federal (DPF) caiu 3,22% em outubro, quando atingiu R$ 2,646 trilhões. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 24, pelo Tesouro Nacional. Em setembro, o estoque estava em R$ 2,734 trilhão.

A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 22,80 bilhões no mês passado. A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) caiu 3,27% e fechou o mês em R$ 2,504 trilhões. Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 2,37% menor, somando R$ 142,43 bilhões (US$ 36,91 bilhões no mês passado).

A parcela da DPF a vencer em 12 meses caiu de 23,35% em setembro para 20,99% em outubro, segundo o Tesouro Nacional. O prazo médio da dívida subiu de 4,62 anos em setembro para 4,78 anos em outubro.

O custo médio acumulado em 12 meses da DPF passou de 16,07% ao ano em setembro para 16,15% ao ano em outubro.

Composição

Houve uma piora na composição da dívida pública em outubro. A parcela de títulos prefixados na DPF caiu de 41,37% em setembro para 38,45% em outubro. Já os papéis atrelados à Selic aumentaram a fatia no período, de 31,69% para 33,27%, o que deixa a gestão da dívida mais sujeita às oscilações de mercado.

Os títulos remunerados pela inflação subiram para 22,75% do estoque da DPF em outubro, ante 21,42% em setembro. Os papéis cambiais tiveram a participação ampliada levemente de 5,52% em setembro para 5,53% em outubro.

Com isso, o porcentual de prefixados está abaixo do estabelecido no Plano Anual de Financiamento (PAF) e os atrelados à taxa Selic, acima do limite máximo. O intervalo do objetivo perseguido pelo Tesouro para títulos prefixados é entre 40% e 44%.

Para os títulos remunerados pela Selic vai de 17% a 22%. No caso dos que têm índices de preço como referência, a meta é de 33% a 37% e, no de câmbio, de 4% a 6%.

Estrangeiros

A participação dos investidores estrangeiros no estoque da Dívida Pública Mobiliária Federal interna subiu de 18,85% em setembro para 19,13% em outubro, somando R$ 479,05 bilhões, segundo o Tesouro Nacional. Em setembro, o estoque nas mãos de estrangeiros estava em R$ 487,97 bilhões.

A parcela das instituições financeiras no estoque da DPMFi teve queda de 25,36% em setembro para 24,28% em outubro. Os fundos de investimentos reduziram a fatia de 20,08% para 19,48%. Já as seguradores tiveram crescimento na participação de 4,38% para 4,59%.

Recorde

O volume de vencimentos de papéis foi recorde em outubro e, superior ao das emissões. De acordo com o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, José Franco, grande parte dos vencimentos foi de LTN.

O coordenador explicou que a redução das emissões este mês foi proposital. “Em novembro, o mercado voltou à normalidade”, disse. Ainda segundo ele, o efeito inflacionário faz com que haja recordes sucessivos nos resgates.

Para André Proite, gerente de Relacionamento Institucional, ao longo do ano, foi observado ainda um crescimento notável no programa Tesouro Direto em decorrência de mercado e das novidades no programa.

Houve redução na dívida e essa redução deve-se ao resgate líquido e a apropriação positiva de juros.

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