Economia

FI-FGTS dá sinal verde para aporte em companhia de saneamento do ES

O comitê que decide os aportes do fundo de investimento do FGTS (FI-FGTS) deu autorização nesta quarta-feira, 25, para que a Caixa Econômica Federal estruture aporte de até R$ 409,4 milhões na Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan), segundo o jornal “O Estado de S. Paulo” apurou.

Pela operação, o FI-FGTS – fundo de investimentos em infraestrutura formado com parte dos recursos da poupança forçada que todo trabalhador brasileiro é obrigado a fazer – será sócio do governo do Espírito Santo, que controla a companhia.

Com os recursos, a companhia pretende ampliar a cobertura dos serviços de água e esgoto nos 52 dos 78 municípios capixabas da área de atuação da estatal. A estatal prevê elevar a cobertura dos serviços de coleta e tratamento de esgoto de 51% para 70% dos 2,2 milhões de habitantes até 2018, atingindo a universalização em 2030.

O aporte já tinha sido analisado pelo comitê – formado por representantes do governo, dos trabalhadores e dos patrões – em novembro de 2011, mas foi preciso uma nova avaliação por causa das alterações na operação. Depois de estruturada pela Caixa, o comitê ainda precisa referendar o investimento mais uma vez para que os recursos sejam liberados.

Na reunião desta quarta-feira, o comitê ainda adiou a decisão sobre o investimento de até R$ 700 milhões no Grupo Energisa, que controla 13 distribuidoras em 9 Estados. Os recursos serão destinados, segundo o projeto, à construção, reforma, ampliação e implantação de distribuidoras de energia em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Pelo projeto, a Energisa Mato Grosso do Sul prevê investir R$ 548 milhões, sendo 40% com recursos do FI-FGTS e 50% do BNDES. Já a subsidiária do Mato Grosso do Sul planeja investir cerca de R$ 1,2 bilhão, na mesma proporção entre o fundo e o banco de fomento federal.

O aporte do FI-FGTS à Energisa não foi aprovado porque o representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Jacy Afonso de Melo, pediu que a empresa explique melhor “práticas antissindicais”.

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