Economia

Bolsa de Nova York fecha em baixa com informes de vendas fracas na Black Friday

As bolsas dos EUA fecharam em baixa nesta segunda-feira, 30, com destaque para as ações do setor varejista. Elas caíram em reação às primeiras estimativas sobre as vendas na semana passada, que foi marcada pelo feriado de Ação de Graças e pela Black Friday. No domingo, a Federação Nacional do Varejo dos EUA divulgou pesquisa mostrando que mais pessoas fizeram suas compras pela internet do que em lojas físicas. As ações do setor de serviços de saúde também caíram.

Dos dez componentes setoriais do S&P-500, os que mais caíram foram os de saúde (-1,3%), bens de consumo não essenciais (-0,8%), bens de consumo essenciais (-0,9%) e o industrial (-0,7%). O setor que mais subiu foi o de energia (+0,5%).

O mercado também operou na expectativa de acontecimentos importantes nesta semana: dois discursos da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, e a divulgação do “livro bege” do Fed, na quarta-feira, o depoimento de Yellen no Congresso dos EUA e a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), na quinta, e a divulgação dos dados do nível de emprego nos EUA em novembro, na sexta.

Exceto por algum indicador fortemente negativo ao longo da próxima semana, a expectativa do mercado é de que o Fed comece a elevar as taxas de juro na reunião do dia 16; na tarde de hoje, na Chicago Mercantile Exchange (CME), os contratos futuros de Fed Funds projetavam uma probabilidade de 77,5% de que a taxa dos Fed Funds seja elevada para 0,50% na reunião de dezembro. O analista Peter Boockvar, do Lindsay Group, disse que “a questão, agora, deve ser como os dados econômicos deverão se acumular para justificar ou não uma segunda elevação das taxas de juro no começo de 2016”.

Também é grande a expectativa de que o BCE anuncie novas medidas de estímulo à economia da zona do euro, na forma de uma ampliação ou de uma prorrogação do programa de compras de bônus ou de uma nova redução da taxa de depósitos. “Se o BCE não apresentar algo grande na quinta-feira, o mercado ficará decepcionado”, disse Julian Chillingworth, da Rathbone Brothers.

Os indicadores divulgados nos EUA saíram mistos: o índice de atividade regional dos gerentes de compras de Chicago (ISM) caiu a 48,7 em novembro, de 56,2 em outubro; economistas previam que ele recuasse para 54,0. As vendas pendentes de imóveis residenciais usados cresceram 0,2% em outubro, após uma queda de 1,6% em setembro; a expectativa dos economistas era um crescimento de 1,5%. O índice de atividade industrial regional do Fed de Dallas subiu a 5,2 em novembro, de 4,8 em outubro.

Entre os destaques da sessão estavam as ações da Microsoft, que subiram 0,78%, após elevação de recomendação pelos analistas da Raymond James. As ações do setor varejista caíram (Amazon.com, -1,26%, Walmart, -1,75%, GAP, -2,30%, e Urban Outfitters, -5,29%). As ações do setor de energia e as das mineradoras subiram, em dia de leve recuo dos preços do petróleo e de altas dos preços dos metais (Chevron, +1,05%, ExxonMobil, +0,53%, Southwestern Energy, +3,03%, Freeport McMoRan, +0,99%, e Newmont Mining, +5,98%).

As ações do setor de saúde foram pressionadas pela queda das ações de biotecnologia, que recuaram devido à aversão dos investidores ao risco (Amgen, -1,48%, e Biogen, -2,17%); o Nasdaq Biotechnology Index caiu 1,90%.

O índice Dow Jones fechou em queda de 78,57 pontos (0,44%), em 17.719,92 pontos. O Nasdaq fechou em baixa de 18,86 pontos (0,37%), em 5.108,67 pontos. O S&P-500 fechou em queda de 9,70 pontos (0,46%), em 2.080,41 pontos.

No mês de novembro, o Dow acumulou uma alta de 0,32%, o Nasdaq subiu 1,09% e o S&P-500 ganhou 0,05%. Fonte: Dow Jones Newswires

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