Dólar à vista cai alinhado à tendência externa com PMI chinês e estímulo dos EUA

O dólar recua no mercado à vista desde o início da sessão, alinhado à tendência de desvalorização no exterior nesta manhã.

Nos primeiros negócios, os sinais da moeda americana ficaram mistos em meio a ajustes técnicos, após o contrato para janeiro de 2021 ter fechado ontem bem abaixo do valor nos negócios comerciais de balcão. Os agentes de câmbio monitoraram ainda a reação em baixa dos juros futuros de curto prazo, após o tombo das taxas ontem, na esteira do crescimento de 7,7% do PIB do país no terceiro trimestre, abaixo da mediana de 8,8% e pouco acima do piso de 7,4% das projeções do mercado (teto de 9,5%).

Lá fora, o índice DXY do dólar ante seis divisas fortes caía 0,31%, à mínima intradia em 90,833 pontos, às 9h24, em meio a apostas de traders de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) pode ampliar as compras de títulos públicos em breve para apoiar ainda mais a economia dos Estados Unidos que registra pela primeira vez neste momento a marca de 100 mil internações pela covid-19. A queda do dólar prevalecia também ante moedas emergentes e ligadas a commodities, que se beneficiam dos sinais de retomada firme da economia chinesa, após o crescimento do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da China em novembro ao maior nível em uma década.

O PMI composto da China, que abrange serviços e indústria, subiu de 55,7 em outubro para 57,5 em novembro, atingindo o maior nível desde março de 2010, segundo pesquisa da IHS Markit em parceria com a Caixin Media. A leitura acima de 50 pontos indica expansão dos setores manufatureiro e de serviços da segunda maior economia do mundo, que segue em franca recuperação do golpe do novo coronavírus sobre a atividade.

Às 9h40, o dólar à vista recuava 0,45%, a R$ 5,2185. O dólar futuro para janeiro de 2021 tinha viés de alta de 0,03%, a R$ 5,2210.

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