Economia

Taxas abrem com sinais mistos e passam a cair em linha com o dólar

Os juros futuros abriram com sinais mistos nesta quarta-feira, 9. Os vencimentos mais curtos subiam com a divulgação do IPCA (+1,01%) de novembro maior que a mediana (+0,95%) das estimativas captadas pelo AE Projeções, serviço especializado da Agência Estado. E os contratos mais longos acompanhavam a queda do dólar ante o real.

Na abertura, o DI para janeiro de 2017 tinha taxa de 15,79% na abertura, ante 15,78% no ajuste de terça-feira. O DI para janeiro de 2021 estava em 15,66%, ante 15,77% no ajuste da véspera. Feito o ajuste inicial, as taxas, inclusive as mais curtas, passaram a acompanhar a queda do dólar.

Os juros refletem a leitura de analistas e operadores de que a suspensão do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff pelo ministro Luiz Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), é desfavorável para a petista. Isso porque o governo deseja um desfecho rápido, enquanto o atraso pode favorecer a oposição, que já conquistou maioria na comissão especial parlamentar que avalia o caso antes da decisão do ministro.

Depois de um IPCA tão alto, analistas estarão atentos à fala de Tony Volpon, diretor do Banco Central. Ele fala em evento do Bank of America Merril Lynch (BofA), em São Paulo.

Às 9h35, o dólar à vista caía 0,56% aos R$ 3,7832. Na mínima, a moeda americana marcou R$ 3,7597.

Os preços dos ativos no contrato futuro do Ibovespa também reagem à virada no cenário político. No horário acima, o Ibovespa futuro (contrato para dezembro) subia 2,49% aos 45.505 pontos. Segundo m operador de renda variável, a alta é uma ajuste à valorização dos ADRs de empresas brasileiras no exterior.