A bolsa de Nova York fechou em alta nesta quarta-feira, 23, pelo terceiro dia consecutivo. Também foi a terceira sessão consecutiva em que o índice Dow Jones tem altas de mais de 100 pontos e a nona consecutiva em que ele fecha mais de 100 pontos acima ou abaixo do nível da sessão anterior. O S&P-500 voltou a acumular alta em 2015 e 90% das 502 ações que compõem o índice fecharam em alta.
A alta foi liderada pelas ações do setor de energia, que subiram em reação ao novo avanço dos preços do petróleo, de cerca de 3,5%. Os indicadores divulgados pela manhã nos EUA saíram positivos.
A renda pessoal dos norte-americanos cresceu 0,3% em novembro, de +0,4% em outubro; economistas previam +0,2%. Os gastos com consumo cresceram 0,3% em novembro, após variação zero em outubro; economistas previam +0,3%. O índice de preços dos gastos com consumo, considerado o indicador de inflação preferido pelo Federal Reserve, teve variação zero, após uma alta de 0,1% em outubro. A alta em comparação com novembro de 2014 ficou em 0,4%. É o 43º mês consecutivo em que a inflação anual fica abaixo da meta do Fed, de 2%. O núcleo do índice, que exclui os preços de energia e alimentos, subiu 0,1%, em linha com a expectativa, após uma alta de menos de 0,1% em outubro; em relação a novembro do ano passado, a alta foi de apenas 0,1%.
As encomendas de bens duráveis ficaram estáveis em novembro, após um crescimento de 2,9% em outubro; economistas previam um recuo de 0,6%. As encomendas do setor militar cresceram 44,4% em novembro; excluído o setor militar, as encomendas de bens duráveis caíram 1,5%, de +3,0% em outubro. As vendas de casas novas cresceram 4,3% em novembro, para a média anualizada de 490 mil unidades, com crescimento de 9,1% em relação a novembro de 2014; economistas previam +1,8%, para 504 mil unidades.
O índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan subiu a 92,6 na pesquisa final de dezembro, de 91,3 em novembro; economistas previam 92,0. Os estoques norte-americanos de petróleo bruto tiveram uma redução de 5,877 milhões de barris na semana até 18 de dezembro, quando a expectativa era um crescimento de 600 mil barris.
“Os indicadores saíram levemente melhores do que se esperava e sugerem que os consumidores estão em forma razoavelmente boa”, comentou o estrategista Michael Arone, da State Street Global Advisors.
Todos os dez componentes setoriais do índice S&P-500 subiram, com destaque para os de energia (+4,24%), materiais (+2,36%) e utilidades públicas (+1,54%). Mineradoras e empresas de energia estavam entre as maiores altas, incluindo FreePort McMoRan (+16,04%), Southwestern Energy (+14,23%), Williams Companies (+12,27%) e Devon Energy (+11,30%). Das 30 componentes do Dow Jones, as únicas quedas foram Nike (-2,38%, apesar de a receita e os lucros da empresa terem superado a expectativa) e Disney (1,11%). As maiores altas foram as ações de energia Chevron (+3,92%) e ExxonMobil (+3,27%).
“É fantástico ver ganhos de dois dígitos em algumas das ações maiores de energia, com base apenas em notícias positivas para o petróleo, Elas haviam caído tanto neste ano que qualquer recuperação nos preços do petróleo as leva a disparar”, comentou o trader Michael Antonelli, da R.W. Baird.
No setor de biotecnologia, as ações da Celgene subiram 9,83%, depois de a empresa anunciar um acordo em uma disputa sobre patentes; as da Adamas Pharmaceuticals avançaram 82,98, depois de a companhia divulgar resultados positivos dos testes de um novo medicamento contra mal de Parkinson. No setor de tecnologia, as ações da Micron Technology, que divulgou resultados, caíram 2,12%.
O índice Dow Jones fechou em alta de 185,34 pontos (1,06%), em 17.602,61 pontos. O Nasdaq fechou em alta de 44,82 pontos (0,90%), em 5.045,93 pontos. O S&P-500 fechou em alta de 25,32 pontos (1,24%), em 2.064,29 pontos. Fonte: Dow Jones Newswires