A Bovespa praticamente apagou a queda das últimas três sessões ao registrar forte alta na sessão desta quarta-feira, 9. Os ganhos foram puxados pelas estatais, em meio à derrota do governo na comissão que avaliará o impeachment da presidente Dilma Rousseff no Congresso, ontem.
O Ibovespa terminou o dia em alta de 3,75%, aos 46.108,02 pontos. Na mínima, marcou 44.444 (estabilidade) e, na máxima, 46.438 pontos (+4,49%). No mês, acumula alta de 2,19% e, no ano, queda de 7,8%. O giro financeiro totalizou R$ 7,776 bilhões.
Após o fechamento do mercado à vista ontem, os ADRs negociados em Wall Street dispararam na esteira da notícia de que a chapa de oposição saiu vitoriosa na comissão que analisará o pedido de impeachment na Câmara dos Deputados, levando o governo a um revés.
Logo na abertura, assim, os papéis aqui trataram de se ajustar ao movimento dos recibos de ações negociados nos EUA um dia antes e também tiveram forte correção. Houve zeragem de posição vendida e isso ajuda a explicar a forte valorização dos papéis.
No final da tarde de ontem, deputados elegeram a chapa organizada por partidos da oposição e dissidentes do PMDB para a comissão especial que vai elaborar parecer sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Casa. Intitulada “Unindo o Brasil”, a chapa foi eleita por 272 votos a 199 votos.
Em seguida, no entanto, o ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Edson Fachin suspendeu até o dia 16 a instalação da comissão especial na Câmara que analisará o processo da presidente Dilma Rousseff.
Em outro revés, nesta tarde o TCU negou hoje recurso apresentado pelo governo no caso das pedaladas fiscais, ou seja, consolidou o entendimento de que o governo cometeu infração grave à Lei de Responsabilidade Fiscal.
Como o que é ruim ao governo agrada ao mercado, as ações tiveram forte alta, sobretudo as estatais. Petrobras ON subiu 10,77%, a maior alta do índice Bovespa, enquanto a PN avançou 7,29%, na quarta posição. Entre elas, BB ON, com +10,19%, em segundo lugar, seguida por BB Seguridade ON (+7,55%), também estatais.
