O dado de produção industrial mais forte que o esperado da China em novembro – crescimento de 6,2% na comparação anual, após alta de 5,6% em outubro – sugere que o país crescerá exatamente 7% no quarto trimestre, em linha com a meta do governo, afirmou o economista Larry Hu, do banco de investimentos Macquarie Securities.
O resultado não deve significar o início de uma reação forte da segunda maior economia do mundo, avalia Hu, mas sim que a economia do país está se estabilizando. “O primeiro semestre do próximo ano será difícil”, disse ele, que espera mais um corte no compulsório para os bancos da China em um ou dois meses. “O crescimento ainda não é muito forte.”
O economista Shen Jianguang, da Mizuho Securities Asia, afirmou que o dado de produção industrial e um recente relatório de Pequim que detalha projetos que estão atrasados sugere que ainda há certa demanda reprimida na segunda maior economia do mundo. “Isso é uma notícia muito boa por um lado, de que os estímulos estão finalmente funcionando”, disse.
O Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) anunciou na sexta-feira que pretende deixar o yuan variar em relação a uma cesta de moedas, não apenas ante o dólar. Na avaliação da Capital Economics, o temor de que Pequim conduza uma desvalorização do yuan é exagerado. A Capital Economics espera que a moeda chinesa se desvalorize 5% ao longo do próximo ano, o que ela não caracteriza como uma desvalorização conduzida pelo governo chinês. Na avaliação da Capital, o PBoC quer manter o yuan em geral estável, mas “um recuo maior no yuan não pode ser descartado”. Fonte: Dow Jones Newswires.