Após abrirem a segunda-feira, 14, praticamente estáveis, as taxas futuras adotaram viés de alta, acompanhando o movimento do dólar. O avanço se segue ao verificado na última sexta-feira, 11, e também é atribuído à cautela com a agenda da semana. A liquidez, contudo, é baixa. Às 9h28, o DI para janeiro de 2017 tinha taxa de 16,03%, ante 15,99% no ajuste de sexta-feira, enquanto o DI para janeiro de 2021 apontava 16,03%, de 16,00% no ajuste anterior.
A semana começa com os investidores de olho na reunião do Federal Reserve, nos dias 15 e 16 de dezembro, que poderá elevar os juros básicos pela primeira vez em uma década.
Voltando ao cenário doméstico, após o duro discurso do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, na semana passada, as projeções do mercado financeiro para a taxa básica de juros subiram ainda mais, segundo pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central mais cedo.
A expectativa agora é que a Selic encerre o ano que vem em 14,63% ao ano, estimativa bem mais alta do que a vista na semana passada, de 14,25% ao ano, atual patamar dos juros domésticos.
A Focus trouxe ainda que a mediana das projeções dos analistas para a inflação em 2016 subiu de 6,70% para 6,80%. A de 2015, por sua vez, de 10,44% para 10,61%. A expectativa de retração do PIB neste ano aumentou de 3,50% para 3,62% e, no ano que vem, de 2,31% para 2,67%.