Economia

Juros futuros caem na 1ª sessão de 2016, apesar da forte alta do dólar

Os juros futuros encerraram a primeira sessão do ano com as taxas em baixa, a despeito da forte pressão vista no câmbio, que influenciou os contratos futuros apenas no início do dia. No término da sessão regular da BM&FBovespa nesta segunda-feira, 4, o DI abril de 2016 fechou em 14,740%, de 14,739% no ajuste anterior. O DI janeiro de 2017 terminou na mínima de 15,76%, de 15,87%, e o DI janeiro de 2021, também na mínima, encerrou em 16,58%, de 16,62%.

As taxas abriram em alta expressiva, em linha com o dólar negociado acima de R$ 4 e com a aversão ao risco que pautava os demais ativos, por sua vez, reflexo das tensões nos mercados financeiros da China. A bolsa de Xangai caiu quase 7%, após o índice de atividade dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) no setor industrial do país ter caído em novembro pelo 10º mês consecutivo. Além disso, algumas medidas tomadas pelo governo para conter a queda das bolsas no ano passado estão perto de expirar, como a proibição das vendas de ações a descoberto, o que pressionou as ações chinesas e acionou o novo sistema de circuit breaker local.

No final da manhã, a alta dos juros futuros deu lugar a um movimento de devolução de prêmios principalmente nos vencimentos mais curtos. De acordo com fontes nas mesas de renda fixa, este trecho teria “gordura” até em excesso em termos de precificação para a política monetária para o quadro de fraqueza da atividade no Brasil. E os indicadores de economias importantes, como a China e EUA, também trazem preocupação para o cenário global. Nesta tarde, uma série de dados da economia norte-americana frustrou as expectativas – entre eles o PMI do setor industrial, que caiu para 51,2 em dezembro, de 52,8 em novembro, o nível mais baixo desde outubro de 2012.

No trecho mais longo, profissionais acreditam que as taxas devem oscilar pouco enquanto não houver novidades no quadro político. Um dos focos é o julgamento, até março, pelo Tribunal de Contas da União (TCU) das pedaladas fiscais do governo Dilma e a atribuição de responsabilidade para cada uma das 17 autoridades do governo arroladas no processo, entre elas o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa.

Às 16h28, o dólar à vista subia 2,17%, a R$ 4,0461, e o dólar para fevereiro era negociado a R$ 4,082 (+2,08%). Nas ações, o Ibovespa estava na mínima de 42.385,77 pontos, em baixa de 2,22%.

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