Economia

Francês assumirá o comando da Helibrás

A Helibrás, de Itajubá (MG), única fabricante brasileira de helicópteros, troca hoje de presidente: sai Eduardo Marson, no cargo por seis anos, e assume o engenheiro aeronáutico francês Richard Marelli, atual vice presidente. Ele responderá também pelo setor de operações até que um novo diretor seja escolhido. O Conselho de Acionistas deve referendar a mudança em reunião na tarde desta quinta-feira, 17. Marson foi convidado para assumir outras funções em Toulouse, sede francesa da Airbus Helicopters, controladora da Helibrás, mas não aceitou.

A diretoria da empresa – consorciada do governo de Minas – passa a ser composta essencialmente por franceses. A exceção é Ana Renó, brasileira, diretora de recursos humanos. Há divergências, de conceito principalmente, entre os grupos controladores, nacional e estrangeiro. Uma delas é a definição dos investimentos e do cronograma para execução do projeto de um helicóptero que obedeça a especificações brasileiras. O horizonte inicial, entre 2020 e 2025, dificilmente será atingido em decorrência da crise. A única possibilidade passa por um pouco provável aporte maciço de recursos próprios da corporação no empreendimento.

Contrato

Marson, sociólogo de 52 anos, deixa a Helibrás depois de ter o seu contrato prorrogado por três vezes. Sua última operação foi a negociação do alongamento do contrato H-XBr, de compra de 50 helicópteros médio pesados H225M franceses Super Cougar, a serem fabricados no Brasil, com transferência de tecnologia – um negócio de US$ 1,9 bilhão.

Sob risco de congelamento, o programa será apenas estendido até 2022, com o pacote de configurações alterado. Exército, Marinha e Aeronáutica já receberam 17 aeronaves. Para atender a essa demanda e a outras, a Helibrás investiu R$ 430 milhões na construção de uma nova fábrica em Itajubá. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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