Economia

FecomercioSP: percepção de empresários sobre estoques volta a piorar em dezembro

A percepção dos empresários da Região Metropolitana de São Paulo em relação aos seus estoques voltou a piorar em dezembro, aponta pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O Índice de Estoques (IE), calculado pela entidade, atingiu 93 pontos, queda de 1,6% ante o resultado de novembro (94,6 pontos) e recuo de 15,9% na comparação com dezembro de 2014 (110,6 pontos).

Ao contrário dos meses anteriores, porém, em dezembro o recuo do indicador ocorreu por causa do crescimento da proporção de empresários que disseram estar com estoques abaixo do desejado. Esse volume subiu de 14,9% em novembro para 16,1% em dezembro. No último mês do ano passado, a proporção era de 13,8%.

“A razão está relacionada à estratégia que alguns empresários adotaram de reduzir o mix de produtos para garantir maior giro de mercadorias e menores custos de estoques, e não à recuperação das vendas”, pondera a assessoria econômica da entidade.

A proporção de empresários com estoques acima do adequado caiu ligeiramente. Em dezembro, o volume ficou em 37,2%, ante 37,8% em novembro. No último mês do ano passado, apenas 30,8% dos empresários entrevistados estavam com mercadorias encalhadas. “O varejo paulistano chegou ao Natal com excesso de estoques, reflexo de um ano de vendas fracas, ainda piores do que era esperado”, diz a nota da FecomercioSP.

Houve recuo também no volume de empresários que avaliam que os seus estoques estão em situação adequada – de 47,2% em novembro para 46,4% em dezembro. No último mês do ano passado, essa parcela era de 55,1%.

Metodologia

O IE é apurado mensalmente pela FecomercioSP por meio da entrevista com cerca de 600 empresários do comércio e varia de 0 (inadequação total) a 200 pontos (adequação total), sendo a marca dos 100 pontos o limite entre inadequação e adequação. Pela análise dos números, é possível identificar se os empresários estão com sensação de estoques “acima”, ou seja, com excesso de mercadorias, ou “abaixo”, isto é, com falta de itens disponíveis para suprir a demanda em curto prazo.

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