Economia

Recuo do petróleo faz dólar avançar 0,60% ante o real

A intensificação das perdas do petróleo no mercado internacional, durante a tarde desta segunda-feira, 11, definiu o avanço do dólar ante o real. A moeda americana, que também subiu ante várias divisas de exportadores de commodities no exterior, refletiu ainda as preocupações com a desaceleração da economia chinesa. Após recuar na sexta-feira, o dólar à vista fechou hoje em alta de 0,60%, aos R$ 4,0581, na máxima da sessão. Já a divisa para fevereiro, que encerra apenas às 18 horas, subia há pouco 0,77%, aos R$ 4,0820.

No início do dia, o dólar ainda se manteve em queda ante várias divisas de países emergentes ou exportadores de commodities, a despeito dos receios com a China. No Brasil, exportadores também aproveitavam para internalizar recursos, em um ambiente de liquidez bastante reduzida, e players com posições compradas no mercado futuro realizavam parte dos lucros mais recentes. Assim, às 11h41, o dólar à vista marcou a mínima de R$ 4,0030 (-0,77%).

A partir daí, a moeda americana foi gradativamente ganhando força ante o real – e também em relação a outras divisas no exterior. Isso porque, lá fora, o ambiente piorou e as preocupações com a desaceleração da economia chinesa voltaram a pesar. O petróleo, tanto em Londres quanto em Nova York, passou a cair mais de 6%, em direção aos US$ 30 o barril. Para piorar, estrategistas do Morgan Stanley e do Bank of America Merrill Lynch (BofA) passaram a projetar o petróleo a US$ 20 o barril no curto prazo. Na máxima do dia, vista no encerramento, o dólar à vista atingiu R$ 4,0581.

Na agenda do dia, destaque para os números do boletim Focus e da balança comercial. Ambos, no entanto, não chegaram a definir as cotações. A taxa de câmbio projetada para o fim de 2016 passou de R$ 4,21 para R$ 4,25 e, para o fim de 2017, de R$ 4,20 para 4,23. Já o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) informou que, na primeira semana do ano, a balança registrou déficit comercial de US$ 150 milhões, com importações de US$ 3,072 bilhões e exportações de US$ 2,922 bilhões.

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