A Bovespa terminou nesta terça-feira, 12, sua quinta sessão consecutiva em baixa e a sexta em sete sessões. Afetada pelo tombo de Petrobras e Vale, o principal índice à vista renovou seu menor nível desde março de 2009. Mas o movimento não foi uniforme, já que pela manhã a bolsa ensaiou uma recuperação do tombo recente.
O Ibovespa terminou o dia em queda de 1,09%, aos 39.513,83 pontos, menor nível desde 17 de março de 2009 (39.510,72 pontos). Na mínima, marcou 39.426 pontos (-1,31%) e, na máxima, 40.261 pontos (+0,78%). Nestes cinco pregões seguidos de baixa, acumulou -6,85% e, no mês, cai 8,85%. O giro financeiro totalizou R$ 4,756 bilhões.
O petróleo chegou a subir pela manhã, mas virou no começo da tarde. O barril negociado na Nymex chegou a ser vendido abaixo de US$ 30, marcando US$ 29,97 o barril na mínima do dia. A desaceleração da economia da China, o dólar valorizado e o inverno ameno no hemisfério norte, em especial nos EUA, foram as justificativas para o recuo da commodity. O contrato para fevereiro negociado na Nymex fechou em baixa de 3,09%, a US$ 30,44 o barril. Na ICE, o recuo foi de 2,19%, a US$ 30,86 o barril.
Por causa da fraqueza do petróleo e da perspectiva de que os preços caiam ainda mais no curto prazo, o Conselho de Administração da Petrobras reviu seu plano de negócios para o período 2015-2019 e agora projeta um valor médio de US$ 45 por barril para o Brent em 2016 (ante US$ 70 anteriormente, valor já revisado antes para US$ 55). Além disso, passou a estimar um câmbio de R$ 4,06, ante R$ 3,80 em outubro passado. A estatal ainda reduziu em US$ 32 bilhões sua previsão de investimentos para o período, para um total de US$ 98,4 bilhões.
Petrobras PN desabou 9,20% – maior queda do Ibovespa – e a ON, 7,65%. O Credit Suisse iniciou cobertura da Petrobras com recomendação underperform (desempenho abaixo da média).
Fato é que a estatal carregou consigo o Ibovespa para baixo, ajudada pelo tombo da Vale, que ficou 8,33% mais barata na ação PNA e 8,11% na ON, respectivamente terceira e quarta maiores quedas do índice, atrás de Bradespar PN (-8,65%).
Siderúrgicas terminaram em baixa: Gerdau PN perdeu 2,91%, Metalúrgica Gerdau PN, 3,28%, Usiminas PNA, 4,17%, e CSN ON, 2,67%.
A lista de maiores altas do Ibovespa foi liderada por WEG ON (+4,45%), Hypermarcas ON (+3,19%) e CCR ON (+2,90%).
A bolsa brasileira acabou fechando na contramão das bolsas norte-americanas, que tiveram fechamento em alta. O Dow Jones subiu 0,72%, o S&P, 0,78% e o Nasdaq, 1,03%.