Os juros futuros de curto prazo voltam a recuar nesta quarta-feira, 20, em meio aos ajustes finais de apostas para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), após a mudança no discurso do presidente do Banco Central e das expectativas do mercado, na terça-feira, 19. Ao destacar em nota a piora das projeções do FMI para o PIB mundial e do Brasil até 2017, Tombini deslocou a maioria das expectativas para uma elevação de 0,25 ponto porcentual da Selic, ante 0,50 pp na segunda-feira, 18.
Alguns analistas também cogitam eventual estabilidade do juro básico em 14,25% ao ano. Já as taxas de juros de longo prazo mantêm o viés de alta, pressionadas pelo dólar e a aversão ao risco trazida pela queda persistente do petróleo.
Na renda fixa, às 9h42, o DI para abril de 2016 apontava 14,580%, na máxima, ante 14,598% no ajuste da terça. O DI para janeiro de 2017 tinha taxa de 15,37%, de 15,38% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2021 indicava 16,90%, ante 16,64% no ajuste da véspera
No exterior, o preço do barril de óleo cede para novas mínimas em 12 anos, ao nível de US$ 27 em Nova York nesta quarta – patamar já testado mais cedo também pelo petróleo Brent em Londres.
A fraqueza dos preços se justifica pelo excesso de oferta global da commodity e questões técnicas relativas ao vencimento do contrato negociado para fevereiro na Nymex nesta quarta, segundo analistas.
Por volta do horário acima, o petróleo para fevereiro recuava 2,92%, a US$ 27,63 por barril na Nymex e o contrato para março caía 2,37%, a US$ 28,87 por barril. Em Londres, o petróleo tipo Brent para março cedia 2,36%, a US$ 28,08 por barril na ICE.