Economia

Ibovespa se descola de NY e termina em alta, puxado por Petrobras

A Bovespa fechou mais um pregão com sinal contrário ao das bolsas norte-americanas. Nesta quarta-feira, 27, subiu, influenciada pela alta do petróleo, puxada por fluxo estrangeiro e conduzida pela forte valorização da Petrobras. O resultado do encontro de política monetária do Federal Reserve colocou as bolsas em Wall Street em baixa e suavizou um pouco os ganhos domésticos.

O Ibovespa terminou o dia em alta de 2,34%, aos 38.376,37 pontos, maior alta porcentual desde 9 de dezembro. Na mínima, marcou 37.402 pontos (-0,25%) e, na máxima, 38.766 pontos (+3,38%). No mês, acumula perda de 11,47%. O giro financeiro totalizou R$ 6,070 bilhões, segundo dados preliminares.

O Federal Reserve, como esperado, manteve sua taxa básica de juros inalterada na faixa de 0,25% e 0,50% e a taxa de redesconto em 1%. A decisão foi unânime. No comunicado, a autoridade monetária se mostrou preocupada com as perspectivas econômicas globais. Apesar disso, não descartou uma elevação dos juros no encontro de março.

As bolsas norte-americanas se firmaram em baixa e, às 18h, o Dow Jones caía 1,14%, o S&P tinha baixa de 0,87% e o Nasdaq perdia 1,81%. Na Nymex, o contrato do petróleo para março subiu 2,70%, a US$ 32,30 o barril.

A Bovespa, no entanto, conseguiu sustentar os fortes ganhos com que trabalhou o dia todo.

Petrobras fechou entre as altas do Ibovespa, depois que a ON disparou 9,73% e a PN, 8,81%.

Os bancos tiveram um desempenho mais comedido em relação ao resto do mercado, com altas mais modestas, em dia de divulgação de dados de crédito pelo Banco Central. Bradesco PN subiu 1,22%, Itaú Unibanco PN, 0,38%. Santander unit avançou 0,55%, após divulgação do balanço com lucro gerencial de R$ 1,607 bilhão no quarto trimestre de 2015, 5,6% a mais do que o registrado no mesmo intervalo de 2014. BB ON, no entanto, perdeu 1,47%.

JBS ON caiu 14,71% e liderou as perdas do índice, ainda repercutindo a notícia de que o Ministério Público abriu ação contra nove investigados ligados à holding J&F, que controla o Grupo JBS, e ao Banco Rural, instituição-chave no caso do mensalão, por crime contra o Sistema Financeiro Nacional.

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