Economia

Recuperação do petróleo e Fed alimentam apetite por risco e dólar recua

O dólar recua ante o real no início do pregão nesta quinta-feira, 28, beneficiado pela alta do petróleo, que alimenta o apetite por risco. Mesmo assim, fatores internos continuam no radar dos investidores, como a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que reforçou a percepção de que a Selic não deve subir no curto prazo.

Às 9h25, o dólar à vista no balcão caía 0,57%, a R$ 4,0746. Já o dólar para fevereiro recuava 0,81%, a R$ 4,0770. O dólar também recuava ante a maioria das moedas emergentes e de países exportadores de commodities, como o dólar australiano (-0,63%), o dólar neozelandês (-0,33%) e o rublo russo (-1,85%).

Os mercados se ajustam ainda depois que o Fed apresentou uma postura “dovish” e, por decisão unânime, manteve os juros nos Estados Unidos na faixa de 0,25% a 0,50%. A instituição se mostrou preocupada com a perspectiva econômica global, mas manteve a porta aberta para uma possível elevação de taxa em março.

Internamente, analistas chamam atenção para o peso dado pelo BC ao cenário externo, que na avaliação do Copom se deteriorou desde a última reunião. Além disso, a autoridade retirou o termo “especialmente” no trecho em que ressalta a necessidade de se manter vigilante para garantir que pressões inflacionárias detectadas em horizontes mais curtos não se propaguem para horizontes mais longos.

Ainda na agenda do dia, às 10h30 o Tesouro divulga o resultado primário do Governo Central em dezembro, que deve mostra um rombo de R$ 56,8 bilhões, segundo mediana dos analistas ouvidos pelo AE Projeções.

Além disso, às 14h30 a presidente Dilma Rousseff coordena a reabertura dos trabalhos do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), o Conselhão. Diversos ministros e dezenas de empresários participam do encontro.

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