A Bovespa abriu em alta nesta quinta-feira, 28, pegando carona em uma tentativa de recuperação do petróleo. A commodity, no entanto, opera com volatilidade e afeta os índices futuros de Nova York, o que pode tirar fôlego da Bolsa brasileira.
Às 10h25, o Ibovespa subia 0,23%, aos 38.462,93 pontos. Entre as blue chips, Petrobras (ON -0,61% e PN -1,97%) e bancos (Itaú PN +0,04% e Bradesco PN -0,46%) caíam, enquanto Vale (ON +0,21% e PN +0,28%) tinha um desempenho mais forte.
O petróleo WTI subia firme no começo do dia, mas virou brevemente para baixo na manhã desta quinta e no horário acima voltava a avançar, com alta de 0,06%, a US$ 32,32 o barril. A commodity é influenciada por novos sinais de que a Rússia e a Opep poderão negociar cortes na produção para reduzir o excesso de oferta global do produto.
Além disso, o Federal Reserve sinalizou que está mais preocupado com o desempenho da economia, e, na percepção do mercado, pode adotar uma estratégia mais cautelosa diante da turbulência observada na economia global e da desaceleração na China.
Internamente, na retomada do Conselhão, o governo deve liberar o uso do FGTS como garantia para consignados, medida que vem sendo criticada por economistas. Essa modalidade de crédito pode impulsionar em até R$ 6 bilhões as operações de empréstimo para pessoa física, conforme apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. No total, o pacote de incentivo ao crédito prevê uma injeção de cerca de R$ 50 bilhões.
No campo corporativo, os investidores avaliam o plano de reestruturação interna da Petrobras, aprovado na quarta-feira, e acompanham o presidente da estatal, Aldemir Bendine, que concede coletiva de imprensa na manhã desta quinta. A principal mudança feita foi a redução do número de diretorias, de seis para sete. A diretoria de Gás Natural e Energia foi incorporada à de Abastecimento. Além disso, o número de gerências em todo o grupo foi reduzido em 30%, passando de cerca de 6 mil para 4,2 mil.
As ações do Bradesco ainda são impactadas pelo resultado da instituição, que registrou lucro líquido contábil de R$ 4,353 bilhões no quarto trimestre de 2015, em linha com as projeções de analistas do mercado.