Economia

Petrobras: reservas provadas de petróleo atingem 13,279 bi (boe) em 2015

As reservas provadas de óleo, condensado e gás natural da Petrobras atingiram 13,279 bilhões de barris de óleo equivalente (boe) ao final de 2015 segundo os critérios da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e da Society of Petroleum Engineers (SPE). O volume representa uma queda de 20% ante o registrado ao final de 2014, quando eram de 16,612 bilhões de boe.

Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a estatal discrimina que as reservas de óleo e condensado atingiram 10,946 bilhões de bbl, enquanto as reservas de gás natural chegaram a 372,450 bilhões de metros cúbicos (m3). As reservas provadas de óleo equivalente atingiram 13,279 bilhões de BOE.

No documento, a empresa detalha os principais fatores que impactaram as reservas, entre eles a incorporação de 0,016 bilhão de boe de reservas provadas relativas a descobertas de novas acumulações próximas à infraestrutura existente nos campos de Albacora Leste na Bacia de Campos, de Golfinho na Bacia do Espírito Santo e de El Mangrullo, na Bacia Neuquina, na Argentina.

A estatal também cita o incremento de reservas provadas, nos campos em produção no Pré-Sal, nas Bacias de Santos e Campos, resultante de respostas positivas do comportamento dos reservatórios, dos mecanismos de recuperação, da eficiência operacional dos sistemas em operação e da crescente atividade de perfuração e interligação de poços.

Outros fatores foram as apropriações devido à perfuração de poços de desenvolvimento da produção em campos em terra na Argentina e nas Bacias do Amazonas e Potiguar, no Brasil, e em campos marítimos na Bacia de Campos; declaração de comercialidade do campo de Jandaia Sul na Bahia; e desinvestimentos que proporcionaram a monetização antecipada de 0,022 bilhão de BOE de reservas no Brasil (Bacia de Campos) e na Argentina (Bacia Austral).

A empresa cita ainda a produção de 0,932 bilhão de boe em 2015, que representa um acréscimo de 4% em relação a 2014. “Esse volume inclui a produção do xisto, porém não inclui o volume extraído em Testes de Longa Duração (TLD) nem a produção da Bolívia”, informa. Conforme a Petrobras, os TLDs ocorrem em áreas exploratórias, onde ainda não foi declarada a comercialidade do campo e, portanto, não há reserva associada e, no caso da Bolívia, a legislação do país não permite que as reservas sejam registradas pelo concessionário.

A Petrobras destaca que as reservas provadas apresentaram uma redução de 2,401 bilhões de boe devido a outros fatores que não a extração do petróleo e do gás natural, como monetização de reservas e revisões, o que equivale a cerca de 2,58 vezes a produção anual. A relação entre o volume de reservas e o volume produzido é de 14,2 anos, sendo de 14,6 anos no Brasil. O Índice de Desenvolvimento (ID), que é a relação entre as reservas provadas desenvolvidas e as reservas provadas, foi de 44,5% em 2015.

SEC

Já pelos critérios da Sec, em 31 de dezembro de 2015, as reservas provadas de óleo, condensado e gás natural da Petrobras atingiram 10,516 bilhões de barris de óleo equivalente (boe). Em 2014, estes volumes eram de 13,141 bilhões de boe, incluindo as reservas de xisto.

A estatal descrimina que das reservas provadas, o óleo e condensado atingiram 8,774 milhões de bbl. Já as de gás natural somaram 278,435 bilhão de m3, enquanto as de óleo equivalente chegaram a 10,516 bilhões de BOE.

A Petrobras ressalta que os mesmos destaques feitos anteriormente para as reservas provadas segundo os critérios ANP/SPE se aplicam às reservas provadas segundo o critério SEC. “A principal diferença entre os critérios ANP/SPE e SEC são os preços do petróleo considerados no cálculo da viabilidade econômica das reservas”, explica.

Pelo critério SEC, a estatal apresentou uma redução de 1,692 bilhões de boe em suas reservas provadas devido a outros fatores que não a extração do petróleo e do gás natural, como monetização de reservas e revisões, o que equivale a cerca de 1,82 vezes a produção anual. A relação entre o volume de reservas e o volume produzido é de 11,3 anos, sendo de 11,5 anos no Brasil. O Índice de Desenvolvimento (ID), que é a relação entre as reservas provadas desenvolvidas e as reservas provadas, foi de 51,1% em 2015.

A petroleira destaca ainda que, historicamente, certifica cerca de 95% de suas reservas provadas segundo os critérios SEC. Atualmente, a empresa certificadora é a D&M (DeGolyer and MacNaughton).

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