Economia

Vallourec encerra produção de aço em Belo Horizonte

O grupo francês Vallourec, que atua na área de siderurgia, vai encerrar a produção de ferro-gusa e de aço da unidade de Barreiro, em Belo Horizonte. Os dois altos-fornos locais serão desligados até 2018. A capacidade da planta é de 600 mil toneladas de aço por ano. Um dos altos-fornos será desligado em abril. O outro, no segundo semestre de 2018. A produção será transferida para a unidade de Jeceaba, na região central de Minas Gerais, a 120 quilômetros de Belo Horizonte.

A Vallourec é uma das principais fornecedoras de tubos, utilizados por empresas como a Petrobrás na extração de petróleo. A empresa nega que haverá demissões. O quadro de funcionários da unidade do Barreiro soma 3,4 mil empregados. Em Jeceaba, cuja capacidade de produção é de um milhão de toneladas de aço por ano, trabalham 2,1 mil pessoas.

A Vallourec diz que todos os postos de trabalho envolvidos na mudança já foram amplamente estudados e os impactos serão minimizados com remanejamentos em três frentes de atuação: absorção da mão de obra internamente, principalmente nas áreas de produção da usina Barreiro; transferências para reposição do quadro de pessoal decorrente da rotatividade natural da empresa; e aproveitamento da mão de obra, em substituição gradativa aos empregados já aposentados e dos que vão se aposentar nos próximos três anos, além de possibilidade de transferência para vagas que surgirem em Jeceaba ou outras áreas da empresa.

O anúncio foi feito na segunda-feira, em Paris, onde fica a sede da empresa. Segundo a Vallourec, as mudanças fazem parte de “um pacote de ações estratégicas destinadas a transformar sua estrutura operacional ao redor do mundo. O objetivo é melhorar a competitividade e reforçar a solidez financeira para assegurar um crescimento rentável em longo prazo, com geração de valor aos acionistas”.

A empresa afirma que os laminadores e as plantas de acabamento de tubos em Belo Horizonte continuarão operando. A planta no Barreiro foi inaugurada em 1954 pela alemã Mannesmann – as duas empresas se uniram numa joint venture. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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