O governo de Portugal aumentou de 39% para 50% a sua participação na companhia aérea TAP, que foi privatizada no ano passado. Para reforçar a sua fatia na empresa, o Estado pagou 1,9 milhão de euros.
Com a transação, a participação na TAP do consórcio Atlantic Gateway, liderado por David Neeleman e Humberto Pedrosa, caiu de 61% para 45%. Além dos 11% revendidos ao governo português, 5% do controle acionário está reservado para os trabalhadores da companhia.
Apesar do aumento da participação estatal na companhia aérea, o primeiro-ministro António Costa promete que não vai interferir na gestão executiva da TAP. “Portugal é um Estado democrático que procura investimento estrangeiro, e um país onde a lei se cumpre e os direitos são garantidos”, disse, após a cerimônia em que o acordo com Neeleman e Pedrosa foi assinado.
Com o acordo, Costa, do Partido Socialista, está cumprindo uma das suas principais promessas de campanha, que era a de reverter as privatizações do governo anterior, de direita.
Além da transação com a TAP, o Gabinete anulou as concessões de execução de serviços de ônibus e metrô em Lisboa e Porto. (com Associated Press)