Economia

Bolsa de NY fecha em leve queda diante de cautela, petróleo e discurso de Yellen

As bolsas em Nova York terminaram em leve queda nesta terça-feira, 9, após tentarem breve recuperação no fim do dia, com os investidores cautelosos após uma onda de vendas acentuadas ao redor do mundo diante de preocupações com o crescimento global e queda acentuada nos preços do petróleo.

Na última hora de negociação, as bolsas em Nova York tentaram se recuperar em uma corrida às ações que ficaram mais baratas, mas a cautela prevaleceu, levando o Dow Jones a fechar em queda de 0,08%, aos 16.014 pontos, o Nasdaq com perda de 0,35%, aos 4.268 pontos, e o S&P 500 a cair 0,07%, aos 1.852 pontos.

Os investidores ficaram hesitantes em comprar ações agressivamente diante da turbulência vista nos mercados ultimamente devido às incertezas com o crescimento global e preocupados com o potencial dos ganhos que vêm pela frente.

“Há muita ansiedade lá fora agora”, disse Randy Frederick, diretor-gerente de operações e derivativos da Charles Schwab. Alguns investidores estão enxugando sua exposição em ações a favor de investimentos considerados mais seguros, como os títulos do governo dos EUA.

Além disso, a queda acentuada do petróleo levou as ações de empresas de energia a recuarem. Os papéis da Chevron e da ConocoPhillips recuaram em torno de 3%. Já as ações da Anadarko Petroleum caíram 7% depois que a companhia petrolífera anunciou um corte em seus dividendos. O índice de energia do S&P 500 caiu 2,5%.

Entre as maiores quedas, destaque para as ações da empresa de comunicação Viacom, que recuaram 21% depois que a empresa divulgou lucros e receitas mais baixos. Os investidores também estavam hesitantes em intervir e comprar ações de empresas que reportaram lucros robustos, um sinal de como a cautela continua a dominar o mercado e dificultar uma recuperação.

Por outro lado, as ações da Coca-Cola finalizaram com ganhos de 1,5%. A companhia registrou lucro de US$ 1,24 bilhão (US$ 0,28 por ação) no quarto trimestre, acima dos US$ 770 milhões (US$ 0,17 por ação) registrado em igual período do ano passado.

Em dia de indicadores com menos importância, o foco dos investidores ficou no discurso de Janet Yellen, presidente do Federal Reserve, que falará no Congresso na quarta-feira e na quinta-feira e poderá fornecer mais pistas sobre o plano de elevar as taxas de juros várias vezes este ano em meio às preocupações com a performance da economia global.

Analistas apontam que há um grande risco de ela reconhecer uma fraqueza na economia dos EUA e no mundo, o que poderia levar a mais uma onda de vendas no mercado acionário num primeiro momento. Mas, por outro lado, outros apontam o fato de ela, geralmente, fazer discursos otimistas, o que impulsionaria os mercados.

Entre os dados, os EUA abriram 5,607 milhões de postos de trabalho em dezembro, segundo a pesquisa JOLTS, divulgada pelo Escritório de Estatísticas do Trabalho do país. A geração de vagas foi maior que a registrada em novembro, quando foram criados 5,346 milhões de empregos (dado revisado de 5,431 milhões).

Já os estoques no atacado nos Estados Unidos caíram 0,1% entre novembro e dezembro, segundo dados do Departamento do Comércio do país. O resultado veio melhor do que o esperado pelos economistas consultados pela Dow Jones Newswires, que previam retração de 0,2%.

E, por sua vez, o índice de otimismo das pequenas empresas elaborado pela Federação Nacional das Empresas Independentes (NFIB, na sigla em inglês) dos Estados Unidos recuou de 95,2 em dezembro para 93,9 em janeiro. (Com informações da Dow Jones Newswires)

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