As taxas no mercado de juros futuros estão em alta nesta quinta-feira, 11, seguindo a valorização da moeda norte-americana ante o real. Logo na abertura, às 9 horas, os diferentes vencimentos não demonstravam uma direção única, ora apresentando viés de baixa. A elevação das taxas acabou prevalecendo.
O dólar sobe em relação ao real desde a abertura, diante do contexto de queda nos preços do petróleo e da cautela de Janet Yellen, presidente do Federal Reserve, a respeito dos riscos ao crescimento do PIB dos Estados Unidos.
Às 9h51, o DI para janeiro de 2017 exibia taxa de 14,460%, na máxima, ante 14,415% no ajuste da quarta-feira, 10. O vencimento para janeiro de 2018 batia nova máxima a 15,18%, vindo de 15,11% no ajuste anterior. E o vencimento para janeiro de 2021 estava em 16,02%, ante 15,88% no ajuste de quarta.
Logo mais, o Tesouro Nacional vai realizar o leilão semanal, no qual vai ofertar LFTs e NTN-Fs. O leilão pode contribuir para a intensificar o movimento de alta dos juros, na avaliação do operador Luis Felipe Laudisio dos Santos, da corretora Renascença.
No radar dos investidores, está o anúncio do contingenciamento do Orçamento de 2016, que deve sair até a sexta-feira, 12. O corte deve ficar perto de R$ 24 bilhões, segundo noticiou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.
Uma fonte envolvida nas discussões destacou, inclusive, que não está descartado um valor menor. A discussão sobre a possível flexibilização da meta de superávit primário – mal vista por economistas e analistas – também chama atenção dos investidores.
O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, participará nesta quinta, às 11 horas, de reunião da junta orçamentária, também composta pelos ministros da Casa Civil, Jaques Wagner, e do Planejamento, Valdir Simão.