A greve da Proguaru, organizada pelo Stap (Sindicato dos Servidores de Guarulhos) e prevista para o dia 15 de março, não impactou, até o momento, a programação de serviços executados pela empresa. Os colaboradores não estão satisfeitos com o projeto de extinção da companhia, proposto pela Prefeitura e apoiado na Câmara.
Na noite desta segunda-feira, 25/2, em assembleia em frente ao Paço Municipal, os trabalhadores decidiram pela paralisação, que não deve abranger funcionários da área da saúde, tendo em vista o combate ao coronavírus.
Ao GuarulhosWeb, a Proguaru disse que não foi notificada da decisão, mas que vai ‘respeitar e manter o diálogo’ durante o período de greve. “A Constituição Federal garante o direto à greve, portanto, a empresa respeita a decisão dos seus funcionários’, afirmou a empresa.
“Até lá, manteremos o diálogo com os funcionários e STAP”, completou a nota da Proguaru. Os serviços, até o momento, continuam sendo executados e a programação da empresa não sofreu alterações.
Entenda o caso
A Prefeitura enviou à Câmara em dezembro um pedido de extinção da Proguaru, alegando que a empresa acumula sucessivos prejuízos acumulados desde 2013. Segundo a administração, a medida é necessária para evitar que a Proguaru entre em um processo falimentar, o que deixaria fornecedores e funcionários sem qualquer garantia de recebimento de seus créditos.
No final do mesmo mês, em meio a protestos, os vereadores aprovaram a proposta e incluíram uma emenda que obriga a Proguaru a apresentar estudos feitos por instituição de notória especialidade até julho de 2021, comprovando a situação de pré-falência da empresa.
Estudos realizados pela Secretaria da Fazenda revelam que o custo anual da Proguaru está acima dos R$ 400 milhões, sendo que praticamente de 100% de seu custeio é realizado pela administração municipal, por serviços de zeladoria realizados em toda a cidade.