Cidades

Projeto do Hospital Pimentas conecta pacientes e familiares por videochamadas

O Hospital Municipal Pimentas Bonsucesso (HMPB), em Guarulhos (SP), administrado pelo IDGT, lançou o projeto Conectando Vidas. Por meio de videochamadas, profissionais da saúde que atuam na unidade colocam os pacientes que estão na UTI em contato com seus familiares.

Balizado por um rígido protocolo de segurança, o projeto tem o objetivo de ampliar o atendimento humanizado no hospital. “Para participar, o paciente precisa estar em boas condições clínicas, segundo os requisitos pré-estabelecidos pelos médicos”, explica Márcia Aparecida da Silva, psicóloga e responsável técnica pelo setor de Psicologia do Pimentas. Ela apresentou a proposta ao IDGT.

Em pouco menos de um mês, diversos pacientes e suas famílias já foram beneficiados. “Foi muito bom conversar com meu filho. Fez muito bem para mim. Deu aquele ânimo que faltava. Foi muito prazeroso”, disse a paciente Vera Lúcia Mineiro, de 55 anos.

Quem também aprovou a iniciativa foi Maria da Conceição Damião, de 65 anos. Após três semanas sem contato, ela falou com o filho. “Foi muito bom, sabe. Foi como se ele estivesse aqui comigo, me apoiando. Logo eu vou poder sair daqui e dar um abraço nele. Mas poder ver o rosto dele me deixou mais feliz.”

Para a fisioterapeuta Karina Prikadanovic Passos, que atua na Unidade de Tratamento do Covid (UTC) do hospital, as videochamadas são importantes aliadas. “Os pacientes apresentaram grande melhora no lado emocional. Com isso, o número de crises de ansiedade foi reduzido e o tratamento ficou mais eficiente. Temos pacientes que estão internados há várias semanas. Com as videochamadas, eles ficam mais calmos, o ambiente fica mais leve e o trabalho torna-se mais eficiente.”

A percepção da fisioterapeuta foi confirmada pela psicóloga clínica Carolina Bueno. “Há uma melhora na forma que eles lidam com o tratamento. O desgaste tem uma queda, fazendo com que fiquem mais tranquilos durante a internação. O benefício emocional é grande”, disse a doutora.

As transmissões são feitas por meio de aparelhos celulares e rede WiFi do hospital, seguindo todas as orientações de segurança recomendadas pelo Ministério da Saúde.

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