O francês Romain Grosjean fará um teste de despedida da Fórmula 1, com a Mercedes, antes do GP da França, no circuito de Paul Ricards, no próximo mês. O piloto escapou com algumas queimaduras nas mãos após um grave acidente na primeira volta no GP do Bahrein em novembro passado, no qual ele ficou envolto em chamas depois da forte batida.
Já estava programado para Grosjean deixar a Haas e a Fórmula 1 no final da temporada 2020, mas ele não pôde participar das duas últimas etapas – GPs do Sakhir, no Bahrein, e de Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos – devido aos ferimentos.
O chefe da Mercedes, o austríaco Toto Wolff, prometeu a Grosjean um teste de despedida da Fórmula 1 e nesta quarta-feira os detalhes foram revelados. Grosjean, que visitou a fábrica da escuderia alemã para fazer o ajuste do banco e um teste no simulador em março, dará algumas voltas no carro W10 do inglês Lewis Hamilton, antes do GP da França, marcada para 27 de junho.
Ele então vai ficar no circuito Paul Ricard para um teste especialmente organizado na terça-feira após a corrida com o carro de 2019. "Estou muito animado para voltar em um carro de F1", disse Grosjean. "Será uma oportunidade especial para mim e pilotar um carro da Mercedes vencedor de Campeonato Mundial será uma experiência única".
"Fico muito grato à Mercedes F1 e ao Toto pela oportunidade. A primeira vez que soube da chance de pilotar uma Mercedes, foi em minha cama no hospital lá no Bahrein, quando Toto falou com a mídia e fez o convite. Saber dessa notícia me animou muito! A F1 não teve a chance de correr na França em 2020 por causa da covid-19, então pilotar uma Mercedes antes do Grande Prêmio da França em 2021, e depois completar um teste no Circuito Paul Ricard, minha pista em casa, será muito especial. Mal posso esperar o dia chegar", completou.
Grosjean já voltou ao automobilismo, agora na Fórmula Indy, nos Estados Unidos, mas Wolff destacou o desejo da Mercedes de que o francês tivesse uma última experiência na Fórmula 1. "Estamos muito felizes em apoiar o Romain com esta oportunidade especial", afirmou o dirigente. "A ideia surgiu quando parecia que Romain encerraria sua carreira ativa na Fórmula 1, e não queríamos que seu acidente fosse seu último momento em um carro de F1".
"Conheço Romain desde seus dias na Fórmula 3, quando venceu o campeonato. Ele teve uma longa e bem-sucedida carreira na F1 e queríamos ter certeza de que suas memórias finais seriam ao volante de um carro campeão. Estou animado para ver qual é o feedback de Romain sobre o W10", concluiu Wolff.