Update Coronavírus: Reino Unido reporta 30 casos de coágulos pós-vacinação

Após ter reportado na sexta-feira que sete pessoas morreram em decorrência de coágulos sanguíneos desenvolvidos após terem tomado a vacina da AstraZeneca, a Agência Reguladora de Medicamentos e Saúde do Reino Unido (MHRA) reforçou neste sábado pedido à população para que continue se vacinando. Além dos óbitos, a MHRA informou que um total de 30 casos de coágulos foram identificados. Apesar disso, a MHRA afirmou que os benefícios "continuam a superar quaisquer riscos".

A MHRA explicou que não está claro se as injeções estão causando os coágulos e que uma "revisão rigorosa dos relatórios do Reino Unido sobre tipos raros e específicos de coágulos sanguíneos está em andamento". A agência não deu informações sobre as idades ou condições de saúde das pessoas que faleceram. Os 30 casos de eventos raros de coágulo sanguíneo foram identificados entre um total de 18,1 milhões de doses de AstraZeneca administradas até 24 de março, segundo a MHRA. Por isso, a agência afirmou que o risco associado a estes coágulos é "muito pequeno".

Preocupações com a vacina AstraZeneca levaram alguns países, como Canadá, França, Alemanha e Holanda, a restringir seu uso, mas a Organização Mundial da Saúde instou os países a continuarem usando a vacina.

No <b>Quênia</b>, o governo ordenou a suspensão imediata de importações de vacinas pelo setor privado, por receio quanto à possível entrada de vacinas falsas no país. A rede privada de saúde tem cobrado cerca de US$ 80 pela vacina russa Sputnik, enquanto instituições públicas têm disponibilizado as vacinas AstraZeneca-Oxford recebidas da iniciativa global COVAX, criada para garantir que países de baixa e média renda tenham acesso justo às vacinas.

Cerca de 160 mil pessoas foram vacinadas em pouco mais de um mês no país, desde que cerca de 1 milhão de doses foram recebidas. Separadamente, o governo britânico informou que a partir de 9 de abril não permitirá que cidadãos quenianos e de outras nacionalidades que tenham transitado pelo país ingressem no Reino Unido. Em média, cerca de 550 pessoas viajam do Quênia para o Reino Unido a cada semana.

Na <b>Itália</b>, advogados, magistrados, professores e outros profissionais mais jovens da região da Toscana foram vacinados contra covid-19 antes de pessoas de mais oitenta anos, apesar das promessas do governo de priorizar os cidadãos mais velhos. Um grupo de idosos proeminentes da Toscana publicou uma carta dirigida às autoridades reclamando do que consideraram uma violação de seus direitos à saúde consagrados na Constituição italiana.

Um dos signatários foi o cartunista Emilio Giannelli, de 85 anos, que não foi vacinado, enquanto seu filho, advogado, sim. Giannelli publicou na primeira página do jornal Corriere della Sera, um dos mais importantes da Itália, cartoon retratando um jovem com uma jaqueta de negócios chutando um velho apoiado em uma bengala para fora de uma linha de vacina. A Toscana é a região do país com a menor taxa de vacinação da população com mais de 80 anos.

Na <b>França</b>, hospitais escalaram funcionários extras para o fim de semana do feriado de Páscoa, a fim de lidar com o crescente número de pacientes infectados. Ao mesmo tempo, muitos cidadãos se dirigiram às estações de trem e rodovias para fugir das grandes cidades francesas antes que novas restrições entrem em vigor. Na última quarta-feira (31), o presidente do país, Emmanuel Macron, anunciou um novo lockdown nacional, que deve entrar em vigor neste sábado, na tentativa de frear o aumento de novos casos e a disseminação de variantes do coronavírus.

Em Paris, a polícia informou hoje que destacou 6,6 mil policiais para fiscalizar o cumprimento das novas restrições, que incluem proibição de viajar por mais de 10 quilômetros, de reuniões ao ar livre de seis pessoas ou mais e toque de recolher em todo o país às 19h. Mais de 96 mil pessoas morreram de covid-19 na França.

Na <b>Coreia do Sul</b>, o aumento diário do número de infecções por coronavírus passou de 500 pelo quarto dia consecutivo, ritmo que não era visto desde janeiro. Os 543 novos casos relatados pela Agência de Prevenção e Controle de Doenças da Coreia no sábado elevaram o número total de casos a 104.736, incluindo 1.740 mortes. Mais de 300 das novas infecções vieram da região metropolitana da capital Seul, que concentra metade dos 51 milhões de habitantes do país e onde autoridades têm lutado para conter transmissões relacionadas a reuniões em bares, escritórios, fábricas, escolas e academias. Fonte: Associated Press.

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