O dólar oscila próximo da estabilidade na manhã desta quarta-feira, 8, com predominância de um ligeiro viés de baixa, sintonizado com a tendência externa de apreciação de moedas de países emergentes e exportadores de commodities. Os mercados pelo mundo operam em compasso de espera pelo discurso do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que deverá falar sobre a ofensiva do Irã feita na noite de terça-feira (7), contra duas bases aéreas americanas no Iraque. Na terça, Trump havia dito no Twitter que estava "tudo bem", o que foi suficiente para reduzir o estresse inicial nos mercados.
Às 9h59, o dólar à vista era negociado a R$ 4,0644, estável. No mercado futuro, o dólar para liquidação em fevereiro recuava 0,09%, a R$ 4,0700. O índice DXY do dólar, que mede as flutuações da moeda americana em relação a outras seis divisas importantes, opera em alta de 0,22%, apagando viés negativo de mais cedo, à espera do pronunciamento de Trump.
No noticiário doméstico desta manhã, destaque para indicadores de inflação. O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) teve alta de 1,74% em dezembro, após um avanço de 0,85% em novembro. O resultado do indicador da FGV ficou dentro do intervalo das previsões do mercado financeiro, que estimavam uma alta entre 1,55% e 2,23%, com mediana positiva de 1,79%, de acordo com as instituições ouvidas pelo Projeções Broadcast.
E o IBGE divulgou que a safra agrícola de 2020 deve totalizar um recorde de 243,2 milhões de toneladas, 1,7 milhão de toneladas a mais que o desempenho do ano anterior, um crescimento de 0,7%. Em 2019, a safra totalizou 241,5 milhões de toneladas, resultado 6,6% maior que o de 2018, de acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de dezembro. A estimativa foi 582,4 mil toneladas superior à projeção de novembro.