As bolsas de Nova York encerraram o pregão desta quarta-feira, 20, em alta e renovaram as máximas históricas de fechamento, em meio ao otimismo dos investidores com a posse de Joe Biden, que se tornou o 46º presidente dos Estados Unidos. Os investidores apostaram nas perspectivas de expansão fiscal e aumento do ritmo da vacinação contra a covid-19 no governo do democrata.
O Dow Jones subiu 0,83%, a 31.188,38 pontos, o S&P 500 avançou 1,39%, a 3.851,85 pontos, e o Nasdaq registrou ganhos de 1,97%, a 13.457,25 pontos. Os três índices acionários renovaram os recordes de fechamento.
"Parece que atrasos nas vacinas, novas infecções, preocupações com a reinfecção e lockdowns prolongados estão apenas aumentando as perspectivas de mais estímulos monetários e fiscais globais", afirma o analista Edward Moya, da Oanda, ao comentar o otimismo do mercado com o novo governo americano.
Em seu primeiro discurso como presidente dos EUA, Biden pediu "união nacional". Ele, contudo, terá o desafio de negociar com o Partido Republicano a aprovação de seu pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão, enquanto o Senado também avalia o impeachment do ex-presidente Donald Trump. Entre as principais promessas de Biden, está também a de vacinar 100 milhões de pessoas contra a covid-19 nos 100 primeiros dias de governo.
No que diz respeito à política externa, analistas do Rabobank esperam que o principal desafio do país continuará sendo a rivalidade com a China no cenário geopolítico.
"No entanto, Biden provavelmente retornará a uma abordagem multilateral", avaliam os profissionais do banco holandês.
No S&P 500, o subíndice de comunicação liderou as altas (+3,62%), seguido pelos de consumo discricionário (+2,26%) e o de tecnologia (+2,02%). Os papéis da Apple avançaram 3,29%, os da Amazon subiram 4,57% e os do Facebook ganharam 2,44%.
Entre as companhias que divulgaram balanço nesta quarta, o Morgan Stanley recuou 0,20%, a UnitedHealth caiu 0,38% e a P&G cedeu 1,25%. As ações da Netflix, por outro lado, subiram 16,85%. A plataforma de streaming divulgou o balanço na terça-feira, 19, após o fechamento do mercado e informou um aumento de 21,9% no número total de assinantes no mundo, na comparação com igual período de 2019.