A Ambev registrou lucro líquido ajustado de R$ 2,761 bilhões no primeiro trimestre de 2021, alta de 125% ante o mesmo período de 2020, devido a um Ebitda maior e melhor resultado financeiro. Fora do critério ajustado, o lucro líquido foi de R$ 2,733 bilhões, 125,7% maior do que o registrado um ano antes. O lucro por ação ajustado no trimestre foi de R$ 0,17, ganho de 139,6%.
No primeiro trimestre, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado alcançou R$ 5,327 bilhões, avanço de 26% em um ano, o que corresponde a um crescimento orgânico de 23,8%, com margem bruta de 52,3% (queda de 260 pontos base) e margem Ebitda de 32,0% (redução de 110 pontos base).
A receita líquida da empresa, por sua vez, totalizou R$ 16,639 bilhões nos meses de janeiro a março, incremento de 32% em relação a igual época de 2020.
O volume vendido pela Ambev no primeiro trimestre totalizou R$ 43,530 bilhões, alta de 11,6% em relação ao mesmo período de 2020. Em seu relatório trimestral, a companhia afirma que esteve mais preparada para lidar com alguns desafios persistentes relacionados à Covid-19 do que em março de 2020. "Os resultados nos deixam confiantes de que nossa estratégia está funcionando".
A maioria dos países apresentou crescimento de volume sustentado, com oito dos dez principais mercados entregando crescimento de volume em relação ao ano anterior e sete já atingindo níveis de volume superiores a 2019. No quesito Cerveja Brasil, o crescimento no volume vendido foi de 16%. "Nosso desempenho foi impulsionado pela implementação consistente de nossa estratégia comercial e excelência operacional. De acordo com nossas estimativas, mais uma vez superamos o desempenho da indústria. Vimos o sucesso contínuo de nossas inovações, como a Brahma Duplo Malte, e o crescimento do segmento premium, principalmente de nossas marcas globais, que cresceram quase 20%", apontou a empresa.
No segmento de bebidas não alcoólicas, o volume cresceu 0,8% no trimestre liderado pela Sukita e portfólio de energéticos, parcialmente compensado pelas ocasiões de consumo impactadas pela covid-19 e restrições à produção.
"Apesar do mix desfavorável de marcas e embalagens, na medida em que as restrições impostas ao canal on-trade levaram à mudança para o canal off-trade, bem como à um aumento no peso de embalagens multi-serve em comparação às single-serve, nossa receita líquida por hectolitro (ROL/hl) cresceu impulsionada pelas nossas iniciativas de gerenciamento de receita, tais como atividades promocionais baseadas em ocasiões de consumo", destacou a Ambev.
<b>América Central e Caribe</b>
O volume vendido na região da América Central e Caribe foi de R$ 3,024 bilhões no primeiro trimestre, alta de 10,1% em um ano. A recuperação do desempenho do volume foi impulsionada pela estratégia comercial consistente aliada à flexibilização progressiva das restrições ao longo do trimestre. A ROL/hl cresceu novamente devido à contribuição do mix acima do core e à implementação bem-sucedida de nossas iniciativas de gestão de receitas na região.
<b>América Latina Sul</b>
Já o volume vendido na América Latina Sul totalizou R$ 10,503 bilhões, avanço de 12,5%, explicado pelo bom desempenho da Argentina, do Chile e do Paraguai, enquanto Bolívia e Uruguai foram fortemente afetados pelas restrições durante o primeiro trimestre. "A ROL/hl cresceu na maioria dos mercados impulsionada pelo mix e iniciativas contínuas de gestão de receita, especialmente diante da melhora do cenário da pandemia na Argentina", pontuou a Ambev em seu relatório trimestral.
<b>Canadá</b>
Já o Canadá obteve o menor avanço no volume vendido no primeiro trimestre, de 2,8%, para R$ 1,971 bilhão, embora os volumes tenha se recuperado após um "quarto trimestre difícil". Durante a maior parte do trimestre, as restrições para conter o avanço da covid-19 ainda estavam em vigor e, em determinados momentos, se tornaram mais rígidas à medida em que os números de casos aumentaram. A redução da ROL/hl foi impulsionada pelo mix de canais em meio à contínuas restrições locais.
<b>CPV</b>
O custo dos produtos vendidos (CPV) pela Ambev no primeiro trimestre foi R$ 7,945 bilhões, crescimento de 35,3% em um ano, enquanto o CPV excluindo depreciação e amortização ficou em R$ 7,195 bilhões, aumento de 38,6%.
Em uma base por hectolitro, o CPV somou R$ 182,5 milhões, alta de 21,3%, enquanto o CPV excluindo depreciação e amortização foi de R$ 165,3 milhões, expansão de 24,2%, devido principalmente às taxas de câmbio, maiores preços das commodities, impactos do mix de embalagens e pressões inflacionárias na Argentina.